A ICE Futures US (Bolsa de Nova York) para o açúcar bruto atingiu, na semana passada, os patamares mais altos desde 14 de maio. Segundo operadores, o mercado recebeu sustentação do maior direcionamento de cana-de-açúcar que tem sido dado para o etanol no início da safra 2013/14 do Centro-Sul do Brasil. O efeito prático dessa estratégia é que a produção de açúcar no final da temporada pode ser menor do que se espera agora. Contudo, o tombo da sessão da quinta-feira passada, que foi sentido em todas as outras commodities, acabou eliminando os ganhos obtidos pelos futuros do açúcar bruto.
Os contratos com entrega em julho encerraram a sessão do dia 20 a 16,38 centavos de dólar por libra-peso, queda de -2,3% na comparação com o fechamento da sessão do dia 14, de 16,78 centavos de dólar por libra-peso.
O banco Societe Generale, em nota divulgada no dia 17, avaliou que os eventuais atrasos para a colheita e para a moagem da cana-de-açúcar no Brasil também podem oferecer suporte para uma recuperação nas cotações futuras do açúcar bruto, em franca queda desde o início do ano. O banco aponta que a cotação média em Nova York será de 18 centavos de dólar por libra-peso no terceiro trimestre do ano, e de 19 centavos no quarto trimestre.
A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de açúcar foi de US$ 38,524 milhões na segunda semana de junho, entre os dias 10 a 16. Na comparação com a média diária de maio, de US$ 40,516 milhões, verifica-se uma alta de 24,4% no valor obtido diariamente pelas exportações de açúcar na média das duas primeiras semanas de junho (US$ 50,505 milhões).
No comparativo com junho de 2012, que teve média diária de US$ 44,045 milhões, registra-se alta de 14,4% no valor médio diário das exportações de açúcar de neste mês, conforme os dados contabilizados até o dia 16.
Veículo: Diário do Comércio - MG