Produtores investem em hidroponia em São Carlos

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“Fomos os pioneiros na cidade”, diz Leandro Carlos Gonçalves, proprietário da Verduras Hidropônicas: “Somos de São Carlos, e meu pai pesquisou na internet e montou uma horta no Jardim Acapulco. Daí começou a vender, e montamos outra, que é esta aqui”, explica.

O empreendimento, no entanto, exigiu formação adequada e exige cuidado: “Eu, meu pai e minha fizemos cursos. É uma coisa muito delicada e trabalhosa: temos que ficar 24 horas em cima. A rúcula é a mais difícil, pois e muito ela é muito chata. Conseguir chegar no ponto certo foi muito difícil, fizemos viagens para outras cidades, falamos com pessoas de outras estufas. Ela pede sombra, pede mais caída de água, mais nutriente, mais ferro, mais potássio. A rúcula é fresca”, brinca Leandro.

Segundo Leandro, cuja família trabalha com hidroponia há cerca de 10 anos, há grande receptividade dos consumidores: “O pessoal recebe bem, porque não vai agrotóxico, e já pega limpinha, não tem perda de folhas”, diz.

Pedro Paulo Osse, biólogo de 28 anos que decidiu investir na produção hidropônica em São Carlos, é aponta outras vantagens da cultura hidropônica: “Ela leva 30, 35 dias pra crescer, enquanto a produção normal leva 60. Além disso há economia de água, a ergonomia do trabalhador é muito menor, uma única pessoa consegue cuidar de mais ou menos 10 mil plantas, o uso do espaço de produção é mais reduzido, é possível realizar o cultivo em centros urbanos. Além disso o uso de agrotóxico aqui é pequeno, ou quase nenhum”, explica Pedro, que mudou há 6 meses de São Paulo para São Carlos: “Pensei em abrir uma loja de suco, depois uma loja de produto natural. Mas meu pai tem um sítio em Pedra Bela,  e já mexia um pouco com hidroponia. Então ele sugeriu que já que, poderia fazer um curso de hidroponia. Comecei a amadurecer a ideia, fui fazer alguns cursos em Florianópolis num Instituto de Hidroponia que existe lá, e fiz um curso de cultivo protegido com estufas, e resolvi trazer o projeto aqui para São Carlos”, explica Pedro, que construiu uma estufa de 640m² no centro da cidade.

Pedro conta uma das dificuldades que teve: “Tive problema com mão de obra especializada. Não tanto para montagem da estufa, mas para montar as bancadas, a parte hidráulica, foi bem complicado de achar alguém que soubesse fazer. Mas agora achei um pessoal que está me ajudando bastante”, explica.



Veículo: Jornal Primeira Página - SP


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