Loja da fabricante da Arno é aposta em marketing

Leia em 2min 30s

Diferente de concorrentes como Polishop, a estratégia de crescimento da rede Home & Cook, para marcas produzidas pela Seb, é considerada tímida


Chapinhas de cabelo, panelas, aspiradores de pó e chopeiras. As lojas Home & Cook, do grupo Seb, fabricante de marcas como Arno e Rochedo, têm de tudo um pouco e tentam, há quatro anos, emplacar no país. No mundo, a rede é umgigante com quase 1,5 mil pontos de venda próprios. No Brasil, existem 29 lojas em operação, o que dá uma média de sete aberturas por ano. O ritmo de inaugurações é bem menor do que uma de suas principais concorrentes, a Polishop. Com 152 lojas próprias no país, a companhia tem aberto por volta de 15 unidades por ano.

Para especialistas, a falta de pressa na expansão e os locais escolhidos pela Home & Cook demonstram um perfil de quem prioriza a visibilidade da marca. Nos estados de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Santa Catarina, a companhia mantém, em cada um, duas lojas em funcionamento. “Para fazer frente à concorrência, o ideal seria que a rede tivesse um número maior de lojas em cidades que apresentamummercado de consumo interessante. Ter poucas unidades, sendo estas muito espalhadas, como é o caso, demonstra uma intenção de apenas tornar a marca conhecida”, afirma Nuno Fouto, professor do Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA).

No Distrito Federal, a companhia possui uma unidade e o Rio Grande do Sul abriga três lojas. Somente em São Paulo é que a Home & Cook apresenta uma concentração maior de pontos de venda: 15 no total. Mesmo parecendo mais encorpada no estado paulista, a rede ainda é uma nanica perto dos gigantes que disputam este concorrido mercado. Em 2007, quando chegou a cidade de São Paulo, o Magazine Luiza abriu quase 50 lojas de uma vez. Para Luiza Helena Trajano, proprietária da rede, seria impossível fazer cócegas na concorrência se a empresa optasse por entrar neste mercado com um número menor de unidades. “Para ser competitivo em São Paulo é necessário ter mais lojas. No segmento de eletrodomésticos, preço é fundamental. E para ter preço é necessário ter escala”, diz Fouto.

A Home & Cook tenta não ficar somente no eletrodoméstico básico. Em suas lojas, o mix de produtos conta com algumas de suas marcas que não são produzidas no Brasil como, por exemplo, a Krups. Um porta chope desta grife custa cerca de R$ 500. “O comércio varejista oferece margens de lucro mais atrativas do que a indústria. Este também é um dos incentivos para a indústria optar por atuar diretamente neste canal de venda. Outra vantagem é estar perto do cliente final e aprender com quem decide a compra”, afirma Maurício Galhardo, especialista em varejo da consultoria Praxis Education. Procurado, o grupo Seb não atendeu aos pedidos de entrevista


Veículo: Brasil Econômico


Veja também

Linha branca quer benefício até dezembro

A líder  do mercado brasileiro de eletrodomésticos, Whirlpool, dona das marcas Brastemp, Consul e Kit...

Veja mais
Apostas em transgênicos terão de esperar

Os produtores terão que esperar, ao menos, seis meses para confirmar as apostas no aumento de produtividade e qua...

Veja mais
Mercado de algodão segue com poucos negócios

Expectativa dos compradores é de que, com o aumento da oferta disponível, os preços recuem.O mercad...

Veja mais
Clima frio impulsiona vendas de própolis

Comercialização de sprays e extrato de própolis subiu 300% entre abril e julho.A queda observada na...

Veja mais
Empresas pretendem usar mais a cabotagem

Movimentando menos de 10% da carga nacional, o transporte por navio dentro do país (cabotagem) tem demanda para c...

Veja mais
Plástico também ganha regime especial

Medida abrangerá "grande parte" da cadeia do insumo e deve ter metas de eficiência energética.Bras&i...

Veja mais
Marfrig apresenta novas marcas e produtos na ExpoAGAS 2012

Supermercadistas gaúchos conhecerão em primeira mão novidades em pratos prontosO Grupo Marfrig leva...

Veja mais
Consumidores de BH são os que mais compram em shoppings

Pesquisa da Abrasce mostra que consumidores de BH são os que mais vão aos shoppings com o objetivo certo d...

Veja mais
Mais estrangeiros trabalham no país

Autorização para profissionais de outras nações atuarem no Brasil aumenta 24% e númer...

Veja mais