Anitta é a garota propaganda do plant-based da Fazenda do Futuro

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Sócia da startup, cantora e empresária foi escolhida para popularizar a proteína à base de planta

 

Depois de atrair Anitta como sócia, a startup de proteína vegetal Fazenda Futuro vai usar o “canhão” de marketing da cantora como alavanca de uma nova linha de produtos. O lançamento é uma aposta na popularização do chamado plant-based, nicho que cresce rápido, mas ainda está distante do prato da maioria dos consumidores brasileiros.

 

Anitta vai estampar as embalagens de três novos produtos que compõem uma linha batizada de Futuro Party. São quibes, nuggets de frango e mini-hambúrgueres congelados. A ideia é promover os quitutes como opção de cardápio para compartilhar em ocasiões de festa — justamente aquelas em que mesmo os consumidores mais rígidos com a dieta sucumbem à indulgência de alimentos menos saudáveis.

 

Embora opere em mais de 30 países, a Fazenda Futuro vai comercializar os produtos apenas no Brasil, onde a presença dos produtos de base vegetal é menor e a “marca” Anitta tem maior apelo. O Brasil representa apenas 35% das receitas da startup, e o percentual deve cair para 30% no fim do ano com a recente entrada em mercados da Oceania (Austrália e Nova Zelândia) e o crescimento de sua operação nos EUA.

 

— Queremos cada vez mais dar opções de escolha para as pessoas, democratizar essa categoria. Neste momento, o lançamento conta com esses três produtos, mas, em um futuro próximo, ampliaremos (o cardápio) — disse Anitta, em entrevista por e-mail. — A ideia de salgados para festas já estava em pauta quando entrei (em maio). (…) Daí pensamos nas embalagens, nos nomes, quais seriam os produtos etc. Fiz questão de provar todos.

 

Segundo o fundador e CEO, Marcos Leta, o plano é lançar nova linha de produtos centrados na imagem da Anitta no ano que vem.

 

Uma das contribuições da cantora, acrescentou Leta, resultou na marca do quibe, que será comercializado como “Ki-ki-kibe”. O nome é inspirado no termo “kiki”, que significa fofoca no dialeto pajubá, usado pela comunidade LGBTQIA+ e que incorpora vocabulários de origem nagô e iorubá. O nome é uma tentativa de potencializar a conexão da marca com a base de fãs de Anitta, na qual essa comunidade tem peso importante.

 

A startup vai explorar ainda a associação de Anitta com a nova linha de produtos em campanhas de marketing nas redes sociais e em mídia out-of-home (exibida no mobiliário urbano, em pontos de ônibus).

 

Disputa com rivais

O lançamento também representa a entrada da Fazenda Futuro em categorias que já eram explorados por gigantes como BRF (quibe vegetal da linha Veg & Tal, da Sadia) e JBS (empanados de frango da linha Incrível, da Seara).

 

— Somos líderes nas categorias plant-based de hambúrguer e almôndega no Brasil, mas não tínhamos nem quibe nem nuggets, que são linhas importantes nesse mercado. Nossa meta é brigar para sermos líderes também nesses segmentos — afirma Leta, que, antes da Fazenda Futuro, fundou a marca de sucos Do Bem, vendida para a Ambev.

 

Anitta se tornou sócia da startup há menos de dois meses, depois de a companhia ser avaliada em R$ 2,2 bilhões e ter atraído investidores como BTG Pactual, XP, Enfini Investments, Rage Capital, Monashees e Go4it Capital. A cantora chegou incumbida de ser a “cara” do negócio no Brasil, usando sua projeção para popularizar os produtos plant-based da marca.

 

Os novos produtos vão complementar um portfólio que já inclui itens veganos como hambúrguer, almôndega, carne moída, linguiça, atum e frango. O quibe é produzido com soja, óleo de girassol, cebola, alho e hortelã, enquanto o nugget é feito com soja, ervilha e grão de bico. O mini-hambúrguer leva soja, ervilha, gordura de coco, óleo de canola e beterraba em pó.

 

O quibe e o mini-hambúrguer estão chegando ao varejo em embalagens de 240 gramas e preço sugerido de R$19,90. O nugget está previsto para os próximos meses.

 

Fonte: Rennan Setti, Capital, O Globo


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