Inflação em São Paulo recua para 0,42% no início de setembro

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), atingiu 0,42% na segunda prévia de setembro. Pela segunda vez consecutiva, a variação indica redução no ritmo de alta. Na pesquisa anterior, o IPC havia sido de 0,47%.

 

O grupo habitação continua a liderar a alta de preços, com variação de 0,87%, ainda sob o efeito da conta de luz. No entanto, houve aumento em menor intensidade: a taxa dessa tarifa ficou em 5,72%, ante 8,35%. A segunda maior alta foi constatada no grupo alimentação (0,33%). A taxa de saúde passou de 0,22% para 0,16% e de educação se manteve em 0,03%.

 

O IPC só não foi menor porque os três grupos restantes aumentaram o ritmo de alta: transportes (de 0,03% para 0,11%), despesas pessoais (passou de estabilidade para 0,12%) e vestuário (de -0,10% para 0,24%).

 

A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) regional nas sete capitais pesquisadas para cálculo do indicador. No Rio, a taxa do índice recuou de 0,40% para 0,39%; e em São Paulo, passou de 0,91% para 0,76%, entre a primeira e a segunda quadrissemana de setembro. "Com o preço do limão subindo menos, isso acabou favorecendo o resultado de inflação nas duas cidades", explicou o economista da FGV, André Braz.

 

"Somente em São Paulo, o limão foi responsável por 63% da taxa do IPC-S na cidade", acrescentou o economista. Ele comentou que o período de entressafra do produto este ano foi muito intenso, com um recuo expressivo na oferta da fruta no mercado interno. De acordo com o especialista, em agosto, o preço do limão subiu 143%, a mais forte elevação mensal desde o Plano Real, em 1994. Braz comentou que o preço do limão pode continuar a desacelerar até o final do mês, o que deve contribuir para reduzir ainda mais a taxa do IPC-S no Rio e em São Paulo. Ele comentou que há previsão de impacto discreto de tarifas públicas nos próximos resultados do IPC-S nas duas capitais, devido ao reajuste na tarifa de telefonia fixa no País, e o reajuste na tarifa de água e esgoto residencial em São Paulo.

 


Veículo: DCI


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