Mantega e Jorge discordam sobre prorrogação de IPI

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou que o governo vá manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedido a automóveis, construção civil e produtos de linha branca. Contudo, o ministro do Desenvolvimento. Miguel Jorge, disse que o governo acompanhará os dados sobre vendas de automóveis, nos próximos meses, para então decidir se será necessária uma nova prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Não anteciparemos em três meses uma discussão desse tipo. Vamos acompanhar a situação em outubro e novembro, como fizemos nos meses anteriores", afirmou.

 

Miguel Jorge reiterou que manterá sua posição contrária à prorrogação do benefício.

 

Mantega afirmou ainda que as políticas de incentivo feitas para estimular o investimento serão todas mantidas. "As desonerações que foram feitas para exportações, por exemplo, serão mantidas. É claro que continuaremos com juros baixos, aumentando o crédito e estimulando investimentos com taxas bastante baixas e condições favoráveis", disse.

 

Mantega afirmou que o governo tem gasto, este ano, entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) como esforço fiscal, entre ações de renúncia fiscal e aumento de gastos. "Era necessário fazer esses investimentos e esses gastos. Os resultados estão aí. Estamos colhendo os frutos desses resultados", afirmou.

 

Segundo Mantega, estes gastos do governo são menores que os de muitos outros países, tais como a China (13% de gastos do governo com o PIB) e os Estados Unidos (6,7%): "Os outros governos estão gastando muito mais do que estamos gastando, e o nosso resultado é melhor porque estamos gastando menos e tendo uma recuperação rápida".

 

Mantega elogiou o crescimento anunciado de 1,9 % do PIB em relação ao trimestre anterior.

 

Segundo ele, a previsão é de que a economia cresça 1% ao fim de 2009, o que remete a um resultado positivo. Para Mantega, já no terceiro trimestre, a expansão deverá ficar entre 2% e 3%, em comparação ao segundo trimestre, puxada principalmente pela recuperação da indústria.

 

Veículo: DCI


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