IPC-S é de 0,14%, o menor em 6 meses

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Queda no preço dos alimentos ajudou a derrubar o índice semanal

 

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) até 31 de agosto subiu 0,14%, segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No índice anterior, até 22 de agosto, a fundação apurou alta de 0,24%. A taxa anunciada ontem ficou no piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela AE-Projeções, que esperavam entre 0,14% e 0,22%, e se posicionou abaixo da mediana das expectativas (0,17%).

 

Foi o menor resultado desde a primeira semana de março de 2008, quando o IPC-S subiu 0,11%. Segundo a FGV, a principal contribuição para a desaceleração da taxa do indicador foram as elevações de preços menos intensas e a deflação em três das sete classes de despesas usadas no cálculo do índice, na passagem do IPC-S até 22 de agosto para o indicador até 31 de agosto. É o caso de Habitação (0,85% para 0,72%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,54% para 0,43%), além da alimentação.

 

O coordenador nacional do IPC-S, Paulo Picchetti, disse ontem que não descarta, para setembro, uma taxa ainda menor que a de agosto. Em coletiva à imprensa, ele destacou que o atual comportamento favorável do grupo Alimentação, atualmente em deflação, traz essa possibilidade.

 

Em agosto, o grupo recuou 0,71%, ante 0,83% em julho. No ranking de alívio para o IPC-S do mês passado, os 11 primeiros itens são alimentos, com destaque para a expressiva queda de 39,6% no preço médio do tomate, que representou 0,20 ponto porcentual da inflação.

 

Do mesmo jeito que apontou a Alimentação como fator principal para eventuais novas quedas em setembro, Picchetti fez questão de lembrar que alguns segmentos do grupo sempre despertam apreensão, por causa da volatilidade: do mesmo jeito que podem cair, podem também subir repentinamente.

 

De janeiro a agosto, o IPC-S acumulou 4,53%. Segundo Picchetti, a expectativa para 2008 é de um índice entre 4,5% e 5%, abaixo do acumulado nos últimos 12 meses até agosto, de 5,93%. Para o coordenador, o que pode continuar pressionando o índice são os preços dos serviços, que subiram 1,09% em agosto, ante 1,13% em julho e 0,99% na terceira quadrissemana do mês passado.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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