Como driblar a inflação?

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Nos últimos meses os preços dos alimentos foram os que mais subiram; veja como usar a criatividade no momento das compras
 
 

A inflação está chegando e batendo na porta dos consumidores. Mesmo ainda baixa, não há quem não tenha percebido um aumento nos preços, principalmente, na conta do supermercado. E o que fazer se o salário é o mesmo e não sobe na velocidade da remarcação? Como criatividade é uma característica intrínseca aos brasileiros soluções não faltam. Entre uma economia aqui e uma substituição de produtos ali, consumidores encontram diversas maneiras de aliviar o orçamento.

 

Montar uma pequena contabilidade foi a saída encontrada pela dona de casa Rita de Cássia Mangabeira Hernandez para controlar melhor o dinheiro da família (formada por quatro pessoas: o casal e dois filhos de 16 e 4 anos). ''Vou tirando os supérfluos como bolacha recheada, por exemplo. Os supérfluos e os produtos de limpeza são os mais caros'', avalia. Além disso, ela acompanha frequentemente as promoções e costuma até fazer estoque de produtos aos quais ela prefere manter fidelidade à marca.

 

''Faço pesquisa de preços e vou ao supermercado apenas para comprar o que está na promoção'', diz Rita de Cássia. O sabão em pó da marca líder de mercado, por exemplo, é estocado quando está com preço mais baixo. Se o preço do produto não cai, a solução é trocar por uma marca compatível de custo mais competitivo. Já o detergente, ela avalia que não compensa comprar um mais barato de qualidade inferior, a não ser para utilizar em limpezas mais pesadas. O amaciante comprado não é o mais caro do mercado.

 

''Quando troco marcas pergunto para a minha funcionária se ela gostou do produto, se é bom. Faço isso para saber se compensa continuar comprando, para que o barato não saia caro'', observa a dona de casa. Entre os itens alimentícios, produtos como sal, açúcar, óleo de soja e azeite são trocados por outros mais em conta. ''Sempre procuro o meio termo e procuro comprar marcas similares com preços mais baratos. Também compro marcas próprias dos supermercados de produtos de limpeza, alimentação e higiene'', diz.

 

Entre hortaliças e frutas, a preferência sempre é por produtos da época, que têm qualidade melhor e preços mais baixos. E mesmo com todas essas manobras, Rita de Cássia afirma que está gastando 25% mais na compra de supermercado desde o começo do ano. Aliás, o supermercado não é o único alvo da economia. A TV por assinatura, internet e telefone são todos da mesma operadora, que oferece um plano de preço mais baixo. O mesmo foi feito em Ribeirão Preto (SP) onde a família mantém outros dois filhos estudando.

 

Desta forma, as ligações interurbanas têm custo de local. Os telefones fixos foram bloqueados e não completam mais chamadas para telefones celulares. A conta, que antes da mudança, variava entre R$ 400 e R$ 500 mensais, hoje fica em R$ 300. Outra alternativa usada pela família foi lançar mão da promoção de uma operadora de telefonia celular que ofereceu aparelhos e conta gratuitos por um ano. ''Aproveitamos a promoção e cancelamos o número da outra operadora. Vamos economizar, por um ano vamos falar de graça o que já representa uma boa economia'', avalia.

 

Veículo: Folha de Londrina


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