Seca castiga pecuária no norte-mineiro

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A forte estiagem que assola a região Norte de Minas Gerais está se agravando. As perspectivas indicavam que em outubro já deveria ter chovido cerca de 130 milímetros, enquanto que a precipitação foi de apenas de 2 milímetros no período. De acordo com o gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensa unidade de Montes Claros (Emater-MG), Ricardo Peres Demicheli, a baixa umidade do ar também está contribuindo para piorar a situação.

 

Demicheli ressaltou ainda que os produtores da região ainda sofrem as conseqüências danosas da estiagem passada. "Neste momento, o solo está sendo preparado com um certo atraso visando o início do plantio em novembro. Caso as chuvas não retornem até esse período, as lavouras de subsistência que alimenta as famílias podem ser bastante prejudicadas", avaliou.

 

De acordo com o técnico, os pecuaristas da região estão sendo os mais afetados, já que a seca está deteriorando muitos pastos, o que inviabiliza a atividade. A saída encontra é a venda de rebanho para minimizar as perdas e evitar que os animais morram de fome.

 

Só para se ter uma idéia, nesse longo período de estiagem, as vendas dos pecuaristas chegam a registrar alta de 18%, em função do descarte de animais. Muitos produtores que insistem em segurar os animais na propriedade acabam perdendo dinheiro.

 

Por enquanto, como a época de plantio deverá ser realizada com pequeno atraso, a previsão é que a safra siga normalmente, salientou Demicheli. "Nosso maior receio é com relação aos animais em geral, com destaque para a bovinocultura que é mais forte na região", destacou.

 

Segundo o diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, Francisco Perez, esse período de estiagem prolongada é considerado normal na região. "As chuvas estão com atraso de cerca de 30 dias. Estamos passando por um momento de falta de chuva mas, enquanto não houver plantação não haverá perdas imediatas nas lavouras", ressaltou.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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