Recessão trava expansão da empresa

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Produção de refrigerantes da fábrica, em Itabirito, já poderia ter sido ampliada

 
Não fosse a recessão econômica brasileira, a fábrica da Coca-Cola Femsa, pertencente ao grupo Fomento Econômico Mexicano S/A (Femsa), em Itabirito, na região Central do Estado, passaria por sua primeira expansão no quarto ano de operações. Inaugurada em junho do ano passado, a planta mineira nasceu com capacidade para produzir 2,1 bilhões de litros de refrigerantes por ano, mas já conta com área preparada para expansão que permitirá ampliá-la para 4 bilhões.
 
A informação é do presidente da Coca-Cola Femsa Brasil, José Ramón Martínez. Segundo ele, ainda quando da construção da plataforma, entre 2013 e 2015, a crise econômica brasileira eclodiu. E, em vez de cancelar os investimentos, a companhia optou por acelerá-los, como forma de se blindar diante do momento adverso que estava por vir.
 
“Na ocasião, mantivemos os aportes na construção da fábrica de Itabirito, modernizamos a planta de Jundiaí (interior de São Paulo) e melhoramos a malha logística de Sumaré. E o fato de termos mantido e até acelerado esses investimentos nos ajudou a estar mais preparados do que a concorrência para este momento”, explica.
 
Ainda em relação ao momento econômico atual, Martínez diz que mesmo diante das dificuldades, o Brasil segue como importante mercado para a Femsa. Conforme ele, logicamente, a crise afetou e está afetando os negócios do grupo no País, mas não tanto quanto em outros setores da economia. “Temos uma vantagem, fabricamos um produto de consumo básico, e isso ajuda a manter as vendas. Ainda assim, os níveis caíram bastante”, resume.
 
Na época da inauguração da unidade mineira, embora ainda não tivesse uma data definida, já havia negociações entre companhia e governo mineiro visando a expansão da plataforma, chamada pela Coca-Cola Femsa de segunda etapa.
 
“Esta fábrica começa com a produção de refrigerantes, mas não se restringe apenas a este perfil. A unidade está preparada para receber outras linhas de produção. Vamos avaliar quais são os melhores produtos para trazer para cá, entre os quais poderão estar sucos, isotônicos e até derivados do leite”, revelou na ocasião, o CEO da empresa, John Santa Maria. A Femsa já possui operações de laticínios no Panamá e no México, com produções de leites, iogurtes, queijo e sorvetes.
 
Conforme já publicado, enquanto a primeira etapa de implantação prevê a criação de oito linhas, equivalente a um incremento de aproximadamente 47% da capacidade instalada na antiga unidade fabril em Belo Horizonte, a próxima permitirá com que esse número chegue a 12, atingindo cerca de 4 milhões de litros de bebidas.
 
Ao todo são 65 mil metros quadrados de área construída, que poderão saltar para 130 mil na segunda fase, distribuídos em um terreno de 320 mil metros quadrados.
 
A planta industrial de Itabirito começou a ser construída em 2013 com previsão inicial de inauguração para setembro de 2014. A data, no entanto, foi adiada por duas vezes, primeiro para o início de 2015, depois para o fim do primeiro semestre do ano passado, em função de atrasos na chegada e na montagem de maquinários.
 
Stevia - Ainda segundo o presidente da Coca-Cola Femsa Brasil, recém-chegada no País, a Coca-Cola com Stevia e 50% menos açúcares, começará a ser produzida na fábrica mineira em breve. Conforme Martínez, aos poucos, o novo produto tem sido incorporado às linhas produtivas nacionais e em dois ou três meses chegará ao Estado.
 
A incorporação do produto ao portfólio mineiro complementa as oito linhas de produção previstas para a primeira fase de operação da fábrica de Itabirito. Destas, seis foram implementadas no ano passado e duas estavam previstas para este exercício, ocorrendo de acordo com a demanda de mercado.
 
A nova versão da Coca-Cola tem uma mistura de açúcar e stevia, um adoçante de origem natural. Essa versão com stevia e açúcar já está em 25 países e, no Brasil, o produto chega com uma fórmula recém-desenvolvida. O produto é parte do compromisso mundial da companhia de oferecer opções para quem quer reduzir o consumo de açúcar, sem precisar abrir mão do prazer de beber uma Coca-Cola.
 
Veículo: Diário do Comércio de Minas


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