Cupons de desconto podem aumentar conversão on-line de vendas em 51,6%

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Plataformas como CupomGrátis MeuCupom, CupoNation são alguns exemplos desse modelo de negócio, que no Brasil ainda é incipiente, mas em países como os Estados Unidos virou febre

 



Com a alta de juros e a redução de crédito para os consumidores brasileiros, os sites que oferecem plataformas de desconto on-line têm chamado a atenção e pesquisas indicam que o segmento é capaz de impulsionar até 51,6% das vendas no e-commerce. Plataformas como CupomGrátis.net, MeuCupom, CupoNation são alguns exemplos desse modelo de negócio, que no Brasil ainda é incipiente, mas em países como os Estados Unidos já é uma forma consolidada de compra e febre entre os clientes, tanto que virou até tema de reality show.

Levantamento do CupoNation em 2014, entre os 15 países onde a empresa atua, como Índia, Austrália, Alemanha, Espanha e França, entre outros, aponta que o uso de cupons de desconto aumentaram as vendas em 51,6% no e-commerce. O estudo também revelou que o Brasil é o 4º país que mais utiliza cupons on-line.

O CupoNation faz parte do grupo alemão Rocket Internet, responsável por 20 iniciativas de negócios mobile e na internet no País, como Easy Taxi e Dafiti. Na plataforma são oferecidos cupons de desconto e ofertas já com desconto. "Em 2014, dos cerca de R$ 35 bilhões de compras on-line do mercado nacional, R$ 1 bilhão foi feito com cupons de desconto", comentou a fundadora e CEO do CupoNation, Maria Fernanda Junqueira. Segundo ela, nos últimos quatro anos a procura no Google pelo termo "cupom de desconto" cresceu na faixa de 614%.

Com a promessa de produtos com preços de 5% a 80% menores nas compras on-line, o CupomGrátis.net trabalha com 350 lojas e conta com parceiros das mais variadas marcas, como a Americanas, Submarino, Casas Bahia, Pontofrio e Dafiti, entre outras.

"Em 2015, a estimativa é que ultrapassemos R$ 2 milhões em faturamento", afirma o sócio fundador do site, Thúlio Trindade. Conforme o executivo, o crescimento se dará através de novos negócios com marcas que estão interessadas em utilizar os serviços da solução. No primeiro trimestre deste ano, a empresa teve faturamento de R$ 450 mil.

Desafio

Outra bandeira que aposta nas promoções é a empresa MeuCupom. Recém-nascida, praticamente, a empresa espera faturar até o final de 2015 pelo menos R$ 100 milhões. A companhia faz parte do grupo Publici|w e possui mais de 300 varejistas entre os parceiros, como Walmart, Netshoes, Centauro, Hotel Urbano, Ricardo Eletro e KaBum!.

Apesar de ter nascido no último mês, a nova plataforma teve mais de 500 mil acessos, com cerca de 1.500 pageviews e tempo médio de navegação de três minutos.

Segundo o CEO da MeuCupom, Vitor Clemon, o total de vendas feitas com tíquetes promocionais no comércio eletrônico americano é de 50%. No Brasil, porém, a porcentagem é de apenas 8%. "Foi por causa dessa diferença entre os dois mercados e o potencial de oportunidades no Brasil que decidimos criar o MeuCupom.com", comentou.

A estratégia também é uma forma de a empresa se preparar para a chegada de grandes players internacionais, como o Retailmenot e Coupons, que segundo o empresário virão para o País em breve.

Nos EUA, aponta ele, a cultura de cupons de desconto começou há muitas décadas, com as pessoas recortando vouchers de jornais e utilizando na boca do caixa. Em virtude disso, a transição do off-line para o on-line se deu de maneira natural e orgânica, acredita. "Nem os brasileiros, nem as empresas têm esse hábito", diz. Mas ele acredita que isso deverá mudar em breve.

Com apenas cinco funcionários, a companhia garante oferecer um serviço de curadoria capaz de monitorar as ofertas. O objetivo é verificar se os descontos são reais e se os cupons ainda são válidos.

Para o cofundador da e-bit e VP de relações institucionais do Buscapé Company Pedro Guasti, no Brasil não desenvolveu-se a cultura de cupons de desconto como nos EUA, mas a partir do acumulo de milhas, inicialmente utilizada por companhias aéreas, o brasileiro começou a entender os benefícios da fidelização. "Em todos os momentos de crise, o consumidor fica mais exigente e consciente. O e-commerce tem grande vantagem por ser um canal competitivo e com facilidade de acesso", afirma.




Veículo: DCI


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