Mercado financeiro prevê recuo da economia em 5,95% este ano

Leia em 2min 30s

A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 6,10% para 5,95%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.


Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há oito semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

 

Inflação


As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 1,72%, neste ano. 
Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%, há cinco semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

 

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

 

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

 

Selic


Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). 
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.

 

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 

Dólar


A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.

 

 

Fonte: Agência Brasil

 


Veja também

BNDES aprova R$ 12 bi em suspensão de pagamentos de empréstimos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que alcançou R$ 12 bilhões n...

Veja mais
Governo edita MP que respalda segundo pacote para incentivo ao crédito do BC

O governo editou na quinta-feira (16) Medida Provisória (MP) que dá respaldo a ações anuncia...

Veja mais
Número de desempregados diante da pandemia tem alta de 26% em sete semanas, diz IBGE

Depois de um leve recuo que interrompeu quatro semanas seguidas de alta, o desemprego diante da pandemia do novo coronav...

Veja mais
Nova linha de crédito para empresas depende de regulamentação do CMN

O governo criou o programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE). É para auxiliar ...

Veja mais
Abono salarial começa a ser pago nesta quinta para não correntistas da Caixa e BB

O abono salarial PIS-Pasep 2020-2021 começa a ser pago nesta quinta-feira (16) para os trabalhadores com direito ...

Veja mais
Mourão avalia que novo imposto pode passar no Congresso

O vice-presidente Hamilton Mourão avaliou ontem que um novo imposto “baixo”, com destinaç&atil...

Veja mais
Caixa começa a pagar hoje abono salarial para nascidos em julho

A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta quinta-feira (16) o abono salarial 2020/2021 para os trabalh...

Veja mais
71% dos brasileiros cortaram gastos na pandemia, diz pesquisa da CNI

A maioria dos brasileiros segue cortando gastos durante a pandemia do novo coronavírus, segundo revela levantamen...

Veja mais
Maia pede que Senado retome discussão da reforma tributária

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (16) que pediu ao presidente do Senado, Da...

Veja mais