Mesmo com a aproximação do prazo para o fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis, geladeiras e máquinas de lavar, comércio e indústria ainda nutrem esperanças de uma nova prorrogação.
Embora o fim do desconto seja usado como argumento de vendas às vésperas do Natal, a expectativa é de algum alívio adicional na cobrança do imposto.
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital, Gustavo Schifino diz crer na possibilidade de uma elevação, sem voltar às alíquotas originais.
- Deve haver mais um tombo na retirada do benefício. Pode cair pela metade, mas não ser eliminado - aposta Schifino.
Se estiver certo, a alíquota da máquina de lavar, por exemplo, passaria a ser de 15%. Caso isso não ocorra, salta direto de 10% para 20% na virada do calendário. Quando os lojistas receberem os produtos novos, avisa o dirigente, o repasse ao preço final para o consumidor seria na mesma proporção.
Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS), Vitor Koch avalia que, caso o IPI volte a ser cobrado como antes, a combinação de preços mais altos com elevação do juro pode levar a uma queda nas vendas, o que exigiria novos cortes do imposto em meados do primeiro semestre.
- Em ano eleitoral, sempre se cria uma forma de o consumo acontecer - conclui Koch, que enviou correspondência ao Ministério da Fazenda reivindicando a manutenção do IPI no atual nível.
A expectativa de que benefícios fiscais serão mantidos em alguma medida é compartilhada pela Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs). A entidade se agarra a uma promessa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no fim de setembro em São Paulo.
- Acreditamos que a alíquota de 3,5% seja mantida para os móveis - afirma o presidente da Movergs, Ivo Cansan.
Fonte: Zero Hora (19.12.2013)