Governo zera IOF para vendas futuras de dólares

Leia em 2min


Ministro da Fazenda anuncia medida reduzindo alíquota de derivativos cambiais



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (12) uma nova medida que zera o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de derivativo financeiro cambial para posição vendida. A medida possibilita uma maior oferta de dólares no mercado futuro e a diminuição da desvalorização do real.


Mantega explicou que em 2011 a tendência era dos aplicadores aumentarem a posição vendida em dólar, o que gerava uma desvalorização da moeda americana e uma valorização do Real. Por esse motivo, o governo federal estabeleceu o IOF de 1% para as operações feitas no mercado futuro. "Esse cenário prejudicava a atividade no Brasil, as exportações brasileiras estavam ficando caras em dólar", disse.


Segundo o ministro, atualmente, diante da situação de acomodação do mercado e as novas condições do FED (Federal Reserve), o cenário mudou e a alíquota não é mais necessária. "Temos valorização do dólar, não faz sentido termos um empecilho como este. O objetivo da medida é facilitar as operações vendidas em dólar no mercado futuro", ressaltou.


A medida, que entra em vigor amanhã (13/06), "não tem objetivo de curto prazo, ela foi feita para permitir que, quando oportuno, venham capitais de renda fixa para o país", pontuou Mantega.


Ajuste Fiscal


Durante a coletiva de imprensa em que anunciou a medida cambial, o ministro Guido Mantega ressaltou que é prática permanente do governo federal controlar gastos e perseguir uma meta elevada de superávit primário. "As principais despesas do governo, que são previdência, folha de pagamentos e pagamentos com juros, estão sob controle", garantiu.


O ministro destacou ainda que o objetivo de primário é de 2,3% do PIB. "Pelo desempenho fiscal, notamos que a atividade econômica está melhorando, a arrecadação está crescendo. De toda forma, se tivermos dificuldade, faremos novos ajustes de despesas", ressaltou.


Questionado sobre a possível perda de credibilidade do mercado internacional, Mantega foi enfático: "Não vejo motivo para questionamentos, tivemos um dos melhores superávits primários do mundo durante dez anos consecutivos. O que nos atrapalhou foi a crise iniciada em 2008, mas o déficit nominal e a dívida pública vêm caindo consecutivamente ano a ano. Em 2013, a dívida deve fechar abaixo de 35%".

Fonte: Assessoria de Comunicação Social - GMF / Ministério da Fazenda (12.06.2013)


Veja também

Quem reduzir consumo de energia terá bônus na conta, diz secretário

Bônus será para quem economizar 10% de energia com relação a 2020   O Brasil passa pel...

Veja mais
Confaz prorroga até 31 de dezembro a isenção de ICMS sobre transporte no enfrentamento à pandemia

Convênios prorrogados também amparam empresas, autorizando que os estados não exijam o imposto por d...

Veja mais
Mapa estabelece critérios de destinação do leite fora dos padrões

PORTARIA Nº 392, DE 9 DE SETEMBRO DE 2021   Estabelece os critérios de destinação do le...

Veja mais
Empresa não deve indenizar por oferecer descontos apenas a novos clientes

Não há vedação legal para que fornecedores de serviços ofereçam descontos apen...

Veja mais
Justiça do Trabalho é incompetente para execução das contribuições sociais destinadas a terceiros

A 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ), ao julgar um agravo de petiç&...

Veja mais
Corte Especial reafirma possibilidade de uso do agravo de instrumento contra decisão sobre competência

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu embargos de divergência e reafirmou o entend...

Veja mais
Partidos questionam MP sobre remoção de conteúdo das redes sociais

Seis legendas buscam no STF a suspensão dos efeitos da norma assinada pelo chefe do Executivo federal.   O...

Veja mais
Consumo das famílias cresce 4,84% em julho, diz ABRAS

Cebola, batata e arroz foram os produtos com maiores quedas no período   O consumo das famílias bra...

Veja mais
Lei que prorroga tributos municipais na epidemia é constitucional, diz TJ-SP

Inexiste reserva de iniciativa de projetos de lei versando sobre matéria tributária, a teor do dispos...

Veja mais