FIM DO BOICOTE

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Acordo acaba com a guerra de vinhos

Pedido de salvaguarda é retirado em troca de medidas para duplicar a venda nacional até 2016


Sete meses após chefs famosos e restaurantes do centro do país incitarem um boicote ao vinho fino nacional, na verdade quase todo gaúcho, a paz foi selada. Motivada por um pedido de salvaguarda do setor vitivinícola para enxugar o derrame de importados no mercado interno, a polêmica acabou em um acordo que encerra a possibilidade de barreiras e ainda tentará dobrar o consumo da bebida brasileira até 2016.


O acerto, sob a benção do governo federal, envolve produtores de uvas, vinícolas, importadores e supermercados. O armistício foi assinado na sexta-feira em Brasília e apresentado ontem, em São Paulo. Com a retirada do pedido de proteção por meio de cotas para a entrada de vinho estrangeiro, os importadores vão auxiliar na distribuição da bebida nacional.


A meta é que, em quatro anos, 15% da oferta de restaurantes e lojas especializadas seja de vinhos finos brasileiro - hoje, 90% com origem no Estado. Nos supermercados, a proposta é elevar a presença dos nacionais para 25% dos rótulos à venda. Hoje, seria de 10%, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).


- Foi um acordo bom para o setor produtivo, importadores, supermercados e governo, que não corre o risco de contestações às salvaguardas na OMC (Organização Mundial do Comércio) - avalia o diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani.


Para Orlando Rodrigues Júnior, vice-presidente da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Bebidas, representante dos importadores na negociação, o importante foi definir uma agenda positiva para o vinho brasileiro. A entidade incentivará associados a distribuir pelo menos uma marca nacional, melhorando o acesso a lojas especializadas e restaurantes para vinícolas de menor porte. Segundo Rodrigues, não deveria haver oposição entre o nacional e o estrangeiro.


- Não somos concorrentes. Nossos concorrentes são cervejas e destilados.


caio.cigana@zerohora.com.br
CAIO CIGANA


Fonte: Zero Hora (23.10.12)


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