Maia defende proposta de Appy, mas diz que reforma tributária do governo será tratada com respeito

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Presidente da Câmara classificou como 'inveja' a avaliação de integrantes da equipe econômica de que a proposta encampada na Casa criaria o maior imposto sobre valor agregado do mundo

 

SÃO PAULO - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que aguarda a proposta do governo para a reforma tributária e que, quando encaminhada, ela será tratada com "todo o respeito" pelo Parlamento.

 

Transparecendo a disputa criada pelo protagonismo sobre o tema, Maia classificou como "inveja" e "recalque" a avaliação de integrantes da equipe econômica de que a proposta encampada pela Câmara criaria o maior imposto sobre valor agregado (IVA) do mundo, conforme mostrou o jornal O Estado de S.Paulo.

 

"É um pouco de inveja, de recalque, com o que a Câmara resolveu fazer, por parte da assessoria do Paulo Guedes. O Paulo Guedes tem uma grande equipe, mas tem alguns que resolveram ser mais bajuladores. O Marcos Cintra (secretário especial da Receita Federal), ele certamente pegou o jornal e falou 'olha aqui, Paulo, eu ataquei a reforma do Parlamento'", disparou, durante participação no programa Central de Notícias, da GloboNews, nesta quarta-feira, 17.

 

"A proposta do Appy (Bernard Appy, autor do texto encampado pela Câmara) foi estudada, trabalhada e precisa ser respeitada", emendou. Maia negou, porém, que sua relação ruim com Marcos Cintra poderia atrapalhar a reforma tributária. "Trato com o Paulo Guedes, ele é meu amigo, tenho uma boa relação com ele."

 

O presidente da Câmara criticou ainda a proposta de criação de um tributo sobre transações nos moldes da extinta CPMF. "Querem voltar com a CMPF para o Brasil, com esse imposto que a gente acabou, que é cumulativo, ruim." Para ele, dificilmente os parlamentares darão aval a essa proposta.

 

Sobre a reforma tributária defendida pelo Senado, baseada no texto do ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), Maia disse que a proposta é "muito boa" e que irá trabalhar com a Casa para construir um projeto convergente.

 

Letícia Fucuchima

 

Fonte: Estadão/Terra – 18/07/2019


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