Câmara aprova aquisição de imóvel por Condomínio para recuperar taxas não pagas

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Os imóveis transferidos para os condomínios deverão ser vendidos ou alugados pelo valor de mercado, para o retorno do valor pecuniário ao caixa do Condomínio.

 

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (23) o Projeto de Lei 443/11, que permite aos Condomínios a aquisição de unidades autônomas da própria estrutura ou qualquer outro imóvel para a recuperação de cotas condominiais vencidas e não pagas. Essa aquisição poderá ser feita por meio de arremate em leilão, por adjudicação (transferência judicial de posse) ou doação.

 

O Projeto, de autoria do Deputado Ricardo Izar (PV-SP), inclui essa possibilidade no Capítulo relativo aos Condomínios do Código Civil (Lei 10.406/02). Como foi analisado de forma conclusiva, a proposta está aprovada pela Câmara e deve seguir para votação no Senado.

O Relator da proposta, Deputado Evandro Gussi (PV-SP), defendeu a mudança e disse que a inovação vai ajudar os Condomínios, que apesar de terem registro próprio de CNPJ não têm todas as atribuições de uma Pessoa Jurídica.

 

Os imóveis transferidos para os Condomínios deverão ser vendidos ou alugados pelo valor de mercado, para o retorno do valor pecuniário ao caixa do Condomínio. 

O Projeto determina ainda que as despesas referentes ao imóvel, enquanto não for alienado ou locado, serão distribuídas entre os Condôminos, proporcionalmente às suas cotas condominiais.

 

O autor argumenta que, como o Condomínio de Edifício não é pessoa jurídica, os Cartórios de Registro de Imóveis se recusam a registrar as Cartas de Adjudicação ou Arrematação em nome deles.

“Essa falta de registro da Carta de Adjudicação ou Arrematação impede o cumprimento do princípio da continuidade imobiliária e, portanto, a alienação da unidade autônoma para o retorno do valor pecuniário ao caixa condominial”, afirma.

 

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

 

Reportagem - Marcello Larcher

 

Edição - Roberto Seabra

 

 

Fonte: Agência Câmara Notícias (23.11.2016)


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