Boleto on-line pode gerar economia de R$ 1 bi

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Seguindo a onda da informatização e digitalização de processos, pelos quais diversos setores da economia brasileira já passaram ou estão passando, um projeto da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pretende eliminar do mercado bancário a emissão de boletos de papel, por meio de uma plataforma tecnológica de geração de boletos eletrônicos. A ação deve gerar uma economia média mensal de R$ 1 bilhão para as instituições financeiras, que deixarão de imprimir esse tipo de material.

 

O projeto Débito Direto Autorizado (DDA) está sendo conduzido pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e pela Febraban, a qual estima que cerca de 500 milhões de boletos sejam retirados de circulação. Inicialmente, 129 bancos que fazem parte da compensação de cobrança devem aderir ao projeto, que entrará em vigor em 19 de outubro deste ano.

 

A Tivit, empresa do Grupo Votorantim que atua na área de tecnologia da informação, venceu a concorrência para a implantação do software do DDA na CIP. No entanto, para que o sistema funcione, os bancos também deverão ter implantada em seu sistema a solução DDA. Atualmente cerca de quatro empresas de tecnologia da informação no Brasil oferecem essa solução, entre elas, a Matera Systems, com sede em Campinas (SP) .

 

Desenvolvido sob o uso de metodologias ágeis, como SCRUM e TDD (Test-Driven Development) e possibilidade de integração com sistemas legados via Web Services, o DDA da Matera permitirá atender aos bancos cedentes e sacados. A solução também abrange a integração dos sistemas bancários com o sistema de gerenciamento dos clientes corporativos das instituições financeiras.

 

O presidente da Matera Systems, Carlos Augusto Leite Netto, explicou, em entrevista exclusiva ao DCI, que, para que o DDA tenha a sua eficácia garantida, é necessário que o cliente faça a sua adesão, solicitando ao seu banco que deseja receber o boleto eletrônico. Ao manifestar sua decisão ao banco, este, por sua vez, comunica ao CIP que o seu cliente deseja boleto eletrônico.

 

A partir de então, a Febraban repassa a informação a todas as praças bancárias do País e, com isso, toda e qualquer transação específica daquele cliente que leve ao pagamento de boleto bancário será enviada automaticamente para o sistema do banco do qual ele é correntista através do boleto eletrônico.

 

Funcionamento

 

Toda vez que a conta for acessada, estará disponível para o pagamento a relação de todos os boletos que serão identificados pelo próprio usuário da conta para evitar fraudes. Para os clientes que não utilizam a internet em suas transações financeiras, os boletos também poderão ser acessados e pagos por meio dos caixas eletrônicos ou diretamente nos próprios caixas das agências.

 

Com o objetivo de discutir os aspectos de negócio e tecnologia do novo sistema de Débito Direto Autorizado (DDA), a Matera Systems tem mantido, desde 2008, uma série de reuniões com clientes do mercado financeiro. Nesses encontros, além de debates sobre as funções do novo sistema, são abordadas as ações que os bancos terão de tomar internamente durante a preparação para a implantação do DDA.

 

O Débito Direto Autorizado permitirá que todos os compromissos de pagamento sejam recebidos eletronicamente, e terá impacto em uma série de processos internos das instituições financeiras. "Estamos fornecendo a solução, o software aos bancos. Não basta apenas a CIP ter o DDA: todo banco vai ter de ter seu software de DDA e conversar com os clientes. Todos os bancos que visitamos estão dando ótimo retorno, dizendo que gostaram da solução. Estamos bem esperançosos", conta Netto, da Matera.

 

O executivo afirma que o sistema será uma grande vantagem para as empresas de médio a grande porte que usam o leitor de código de barras e pagam, em média, 200 boletos por dia ou cerca de 1.000 boletos por mês.
"Com o DDA, a empresa vai baixar um arquivo com a relação dos boletos eletrônicos diretamente para o departamento de contas a pagar, e amarrar a nota fiscal com o boleto. Isso é uma redução de custo operacional" explica.

 

Novidade

 

A Giesecke & Devrient Brasil, empresa de tecnologia especializada em emissão e processamento de moeda, lançou no mercado nacional um mecanismo que realiza a coleta de depósitos de cédulas em maços através da contagem e identificação de autenticidade no momento da sua coleta, nos caixas eletrônicos, com o objetivo e evitar depósitos em dinheiro falsificado.

 

O mecanismo, chamado de GD Lobby 90, é utilizado por instituições financeiras de países da Europa e também nos Estados Unidos, na China e na Rússia, e tem como objetivo aumentar a produtividade e a segurança nos serviços de processamento de cédulas de dinheiro em todo o território brasileiro.
"Este recurso evita que gangues especializadas se utilizem de caixas eletrônicos para a lavagem de dinheiro falso a partir de depósitos em caixas eletrônicos", comenta Flamarion Pirtouscheg, diretor presidente da Giesecke & Devrient Brasil.

 

A tecnologia tem capacidade para processar 100 cédulas em até 30 segundos, garantindo a redução dos custos com transporte e processamento de numerário, uma atividade de alto custo.

 

Na onda da digitalização de processos, as empresas de tecnologia da informação concentram atenção em novos contratos voltados ao mercado financeiro, como o projeto da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) de eliminar do mercado bancário a emissão de boletos de papel, por meio de uma plataforma tecnológica de geração de boletos eletrônicos.A ação deve gerar economia média mensal de R$ 1 bilhão às instituições financeiras, que deixarão de imprimir esse material.

 

O projeto é conduzido pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e a Febraban vê a retirada de 500 milhões de boletos de circulação. Inicialmente, 129 bancos fazem parte da compensação de cobrança. Especializada em tecnologia, a Tivit, do Grupo Votorantim, venceu a concorrência para a implantação do software na CIP. Além dela, a Matera Systems, de Campinas (SP), afirma estar preparada para também brigar por produtos para o setor.

 

Veículo: DCI


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