Celular ganhará código adicional em São Paulo

Leia em 3min

Até o fim deste ano, novas linhas de telefones celulares da região metropolitana de São Paulo passarão a contar com um código de área 10 adicional, além do 11. A mudança proposta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que está em consulta pública até 1º de julho, tem como objetivo ampliar a capacidade de oferta de novos terminais diante da escassez da numeração local. Depois de criado o novo código, todas as chamadas entre usuários das duas áreas terão de ser precedidas pelos respectivos códigos.

 

Para o consumidor, o incômodo de passar a digitar os códigos mesmo para chamadas locais poderia ser adiado até 2013, não fosse o volume de 9 milhões de numerações móveis 'inativas', ou canceladas, na região, estima o gerente de interconexão da Anatel, Adeilson Evangelista Nascimento. Embora esses números não estejam em uso, eles permanecem na base das teles, o que impede sua redistribuição.

 

Em março, segundo o balanço da Anatel, o código 11 estava atrelado a 35 milhões de números móveis, sendo 26 milhões em uso ? 20% do total de 179,1 milhões de linhas ativas no País. A capacidade máxima de atribuições para o código de área é de 37 milhões de números e está se esgotando. Para não correr o risco de ter chips indisponíveis nas vendas natalinas, as operadoras devem ter suas redes adaptadas ao código 10 até 31 de outubro, informa agência.

 

O volume de numerações 'inativas' está distribuído entre regras de desativação estabelecidas pela Anatel para a habilitação de números cancelados, logística entre os pedidos de lotes de números e os registros nos chips móveis e, especialmente, a limpeza das bases em desuso pelas operadoras.

 

"Em São Paulo temos 4,8 milhões de números presos a uma regra necessária de desativação", diz Nascimento, referindo-se a um período chamado de 'quarentena'.

 

No caso de um usuário de celular pré-pago - modelo adotado em mais de 82% das linhas habilitadas no País ? que não consumiu seus créditos por um período de três meses, sua linha só poderá ser desativada 90 dias após esse prazo. "A grande questão, neste caso, é que as operadoras não são obrigadas a cancelar os números inativos após um prazo total de seis meses", explica o diretor de marketing da TIM, Rogério Takayanagi.

 

Segundo o executivo, em média somente 4% dos chips fora do prazo de validade são reativados. Mas impostos como o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) continuam a ser cobrados pelas habilitações sem uso. "Para cada linha sem tráfego, a empresa paga ao menos a renovação do Fistel de R$ 13 ao ano", diz Takayanagi. "Se mantenho a linha ativa, esse custo do Fistel deteriora minha capacidade de ganho e de novos investimentos", afirma.

 

Segundo o executivo, a manutenção de números pouco ou nada ativos, que ele chama de 'chips de gaveta', é uma prática nociva ao mercado. "As operadoras garantem participação de mercado em número de linhas, mas não em receita, e acabam retendo uma base que deveria ser cancelada", afirma.

 

Por enquanto, a Grande São Paulo é a única área do país que enfrenta escassez na capacidade de numeração de celulares. A região metropolitana do Rio, com 13 milhões de linhas móveis, seria o segundo candidato a ter um código adicional. Mas, o usuário do código 21 ainda não tem de se preocupar com a atualização da lista de contatos no celular.
 

 

Veículo: Valor Econômico


Veja também

Em uma só maquininha, vários cartões

As vantagens para o lojistas serão inúmeras, mas a adoção deverá ser gradativa e o su...

Veja mais
Classe C compartilha cartão de crédito

Consumidores de baixa renda se ajudam na hora de gastar, obter crédito, poupar e fazer orçamento dom&eacut...

Veja mais
Pão de Açúcar terá gestão da Wipro

A companhia indiana Wipro Technologies, prestadora de serviços de tecnologia da informação (TI) com...

Veja mais
Preços menores na internet

De 30 produtos pesquisados, 25 têm valores iguais ou mais baixos na lojas virtuais   Compre mais barato pel...

Veja mais
Google apresenta software para TV

O Google apresentou um software que coloca conteúdo da web na televisão para persuadir mais consumidores a...

Veja mais
Mão na roda

Primeira varejista a oferecer compras pela internet, em 1995, o Pão de Açucar criou o supermercado m&oacut...

Veja mais
Google promete levar a internet para a TV

Projeto conta com o apoio da Sony e da Intel; desafio é conquistar os consumidores e aumentar as empresas parceir...

Veja mais
Google conecta a televisão à internet

Empresa anuncia Google TV, em parceria com a Sony, a Intel e a Logitech   O Google lançou ontem a Google T...

Veja mais
HP promete guerra pela liderança em PCs para uso em casa

A direção da Hewlett-Packard (HP) está "babando" para assumir a liderança do mercado brasile...

Veja mais