Ceasa inaugura banco de caixas

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Unidade com capacidade de esterilizar 500 mil embalagens plásticas mensalmente.

 

A unidade da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas), localizada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), passará a contar com o Banco de Caixas Plásticas Uai, a partir de 2 de setembro. A inauguração do projeto atende a Instrução Normativa nº 9, de 2002, que regulamenta o acondicionamento dos produtos hortícolas. Na primeira fase das obras foram investidos cerca de R$ 6 milhões e a previsão é que ao todo sejam aportados R$ 15 milhões no projeto.

 

De acordo com o presidente da CeasaMinas, João Alberto Paixão Lages, o projeto deverá ser concluído em 2013. Na primeira etapa, a construção do banco de caixas ocupou uma área de 3 mil metros quadrados, onde foi instalado maquinário com capacidade de higienizar e esterilizar cerca de 500 mil caixas plásticas mensalmente.

 

O projeto total terá área de 20 mil metros quadrados, capacidade de higienizar cerca de 300 mil caixas por mês, em uma área construída de 10 mil metros quadrados. "Consideramos a criação do banco de caixas como um grande avanço. Com a utilização das embalagens plásticas, teremos uma queda significativa nas perdas que acontecem devido ao mau acondicionamento dos produtos. Além disso, com o uso das embalagens desinfetadas, vamos evitar a propagação de fungos e doenças que possam acometer a produção no campo" disse.

 

Segundo a instrução normativa, os produtos hortícolas devem ser acondicionados em embalagens retornáveis desde que as mesmas passem por higienização após cada utilização. As caixas de madeira e papelão não serão proibidas, porém devem ser descartadas na primeira utilização. As retornáveis serão higienizadas a cada uso, por um moderno sistema de limpeza, que emitirá um certificado de higienização atestando, periodicamente, esse processo.

 

Proteção - A IN nº 9, de 2002, foi elaborada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A normativa foi criada considerando a necessidade de regulamentar o acondicionamento, manuseio e comercialização dos produtos hortícolas in natura em embalagens próprias para a comercialização, visando à proteção, conservação e integridade dos alimentos. Em Minas Gerais, das seis unidades da Ceasa em três já foram implantados o banco de caixas.

 

Atualmente a caixa mais utilizada para acondicionar os produtos na maioria das Ceasas são as de madeira. Além do material não poder passar pelo sistema de higienização, as caixas de madeira podem contaminar as plantações com doenças, além de contribuir para o aumento das perdas principalmente durante o transporte, o que eleva o preço final dos produtos.

 

"Estamos investindo na implantação do Banco de Caixas, pois sabemos que os resultados das intervenções serão importantes tanto para os produtores como para o consumidor. A possibilidade de higienizar as embalagens vai contribuir para a redução das perdas e para o maior controle de doenças e pragas. Além disso, o produto tem alta durabilidade e vai contribuir para a padronização", disse.

 

Outra vantagem das caixas é a redução da contaminação cruzada entre o Ceasa e as lavouras, queda nos níveis de perdas com contaminação e manuseio inadequados dentro da CeasaMinas, padronização do peso e da quantidade, redução em até cinco vezes o volume de caixas e maior controle do estoque.

 

Funcionamento - De acordo com Lages, o banco de caixas irá funcionar 24 horas através do sistema de logística reversa, que utiliza créditos na forma de vales-caixa. O sistema de vale funcionará como uma moeda para facilitar a troca e movimentação das caixas plásticas padronizadas entre produtores, comerciantes e clientes. Qualquer pessoa que adquirir o vale-caixa será proprietária de uma ou mais caixas plásticas padronizadas.

 

"A ideia é que o comprador chegue à Ceasa e entregue no banco de caixas as embalagens para serem higienizadas, em troca ele receberá vales para serem entregues aos lojistas. Com isso, vamos reduzir o nível de contaminação dos produtos" disse Lage.

 

O Banco de Caixas Uai será responsável por armazenar, vender, higienizar, estocar e entregar embalagens plásticas padronizadas dentro das normas exigidas pela lei. Através dele, toda a cadeia participante, do produtor rural, passando pelo atacadista e varejista até o consumidor final, será beneficiada com maior qualidade dos produtos, a diminuição de perdas e a redução de custos.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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