Central Minas aposta em embalagem plástica

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Assim como o leite C, o longa vida também será comercializado em saquinho

 

A necessidade de aumentar a competitividade no mercado de lácteos fez com que a Cooperativa Central Minas Leite, com sede em Alfenas (Sul do Estado), investisse na criação de novas embalagens para o leite longa vida. O projeto, que foi desenvolvido ao longo de dois anos, tem como objetivo introduzir no mercado o tradicional leite de "saquinho" na versão longa vida.

 


Além de ser reciclável, a nova embalagem tem valor de produção inferior às caixas, o que reduz os custos em relação aos recipientes tradicionais. O valor investido no projeto não foi divulgado.

 


A nova embalagem foi desenvolvida para a cooperativa por meio de convênio entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG) e a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), que subsidiaram 50% dos custos para que a empresa concebesse a pesquisa do produto.

 


De acordo com o diretor-superintendente da Central Minas Leite, José Américo Simões, o diferencial das novas embalagens de leite longa vida é que as mesmas demandam menor tempo para serem recicladas e possuem menor custo de produção. Também chamada de refil, o produto tem características equivalentes de conservação se comparadas com as tradicionais caixas de papelão usadas ultimamente, porém, devido à tecnologia, utiliza cerca de 80% a menos de plástico, fazendo com que o produto seja totalmente reciclável em um prazo menor que os demais.

 

A nova embalagem permite que o produto possa ser armazenado por até quatro meses antes de ser aberto. "Buscamos a tecnologia de comercialização do leite longa vida em saco plástico de países que são referência na comercialização do produto. Com isso, conseguimos reduzir os custos com as embalagens, mantendo a qualidade do leite para conquistarmos maior competitividade no mercado. Criamos também uma alternativa para o consumidor, já que a embalagem preserva a qualidade do leite e não precisa ser refrigerado antes de aberto", ressalta Simões.

 

Para que a inovação chegasse ao mercado, a cooperativa do Sul de Minas, que tem capacidade para produzir 3 milhões de litros por mês, pesquisou a tecnologia da embalagem nos países em que a venda de leite longa vida em embalagem plástica domina o mercado, como Chile, Equador, Colômbia, Venezuela e México.

 

A embalagem 100% reciclável é outra estratégia utilizada pela cooperativa para atrair o consumidor. "A tendência mundial é priorizar os itens que são fabricados através de meios sustentáveis e que contribuam para a preservação do meio ambiente. As pessoas já estão mais conscientes e buscam alternativas de produtos que não agridam a natureza", disse Simões.

 

Simões preferiu não comentar as perspectivas futuras para o produto. A instabilidade do mercado lácteo, aliada à alta dos custos, dificulta o planejamento no longo prazo.

 

Cooperativa - A Cooperativa Central Minas Leite foi criada com o objetivo de minimizar a instabilidade dos preços pagos pelo leite. Atualmente a Central é composta por 23 cooperativas do Sul de Minas, representando cerca de 12 mil produtores. A medida gerou ganhos na escala por litro do leite de 15% nos últimos 12 meses. Um dos planos da entidade para 2011 é dar continuidade ao projeto de compras conjuntas de insumos.

 

"A união dos produtores é uma tendência mundial e uma das melhores fórmulas para geração de renda dos produtores. Através da comercialização conjunta e da compra de insumos pretendemos reduzir os custos de produção e garantir uma receita maior para o produtor cooperado", disse Simões.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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