Setor de reciclagem se profissionaliza

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Reciclar diversos materiais e criar novos itens são hoje mercado em ampla expansão. O setor pode, inclusive, ser considerado um dos mais importantes segmentos de negócios do País, levando-se em conta a necessidade do tratamento de resíduos de materiais oriundos do pós-consumo.

 

Foi pensando nisso que o Sindiplast (Sindicato da Indústria de Materiais Plásticos do Estado de São Paulo) - representante do setor de transformação e reciclagem de materiais plásticos do Estado - irá promover o 1º Encontro das Indústrias de Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo.

 

O evento, que será realizado no dia 8, tem como objetivo melhorar o ambiente de negócio para os associados e alavancar a competitividade do setor de reciclagem.

 

Segundo o Sindiplast, o encontro visa reunir "empresários e demais interessados deste setor para discutir temas de interesse como a carga tributária e os incentivos fiscais na indústria de reciclagem de material plástico; o processo de licenciamento; a política nacional de resíduos sólidos e seu reflexo; a convenção coletiva de trabalho para esse segmento, além da organização da indústria como um todo no Estado."

 

Para se ter ideia, de acordo com o último balanço do sindicato, 61% dos plásticos reciclados no País são provenientes do pós-consumo e 39% das indústrias.

 

Atualmente, há 564 empresas de recuperação de material plástico no País - dessas, 26,9% estão localizadas no Estado de São Paulo . No total, o setor gera 6.400 empregos diretos, considerando todo os Estados brasileiros.

 

Outro dado que mostra o crescimento da reciclagem no País é o montante de material reciclado. De 2003 a 2007 o setor expandiu 9,2% ao ano - o que representa 926 toneladas de plástico reciclado, anualmente.

 

CASO - A Coopcent-ABC (Cooperativa Central de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis do Grande ABC), atuante nas sete cidades, produz varal de roupas por meio das garrafas PET recicladas. Para produzir 10 metros de varal é preciso apenas duas garrafas.

 

A Coopcent-ABC paga às entidades vinculadas a ela R$ 1,20 por cada quilo de PET. Cada 10 metros de varal é vendido a R$ 0,60 para empresas de distribuição, que por sua vez repassam a R$ 0,70, em média.

 

SELO - No evento promovido pelo Sindiplast será lançado o selo Sersa (Selo de Responsabilidade Socioambiental), que busca profissionalizar a cadeia de reciclagem de materiais plásticos no Estado.

 

Cerca de 53% das garrafas produzidas são recicladas

 

Dados do Sindiplast apontam que o Brasil recicla 53% do total das embalagens PET produzidas - índice positivo se comparado a outros países, como México (11%); Estados Unidos (23,5%); Austrália (27,1%) e Europa (38,6%). O País fica atrás, apenas, do Japão, que recicla 62% das garrafas fabricadas.

 

Balanço de 2008 revela que só 7% dos municípios brasileiros, total de 405 cidades, realizam a coleta seletiva de materiais (separação do lixo orgânico dos produtos recicláveis). Apesar de pouco, houve aumento significativo em comparação com 1995, quando só 81 cidades tinham esse serviço.

 

DIVISÃO - Ainda de acordo com os dados do Sindiplast, do total de produtos reciclados, 39% são papéis e papelões, seguidos por plásticos (22%); vidro (10%); metais (9%); longa vida e diversos (ambos com 3%) e alumínios (1%). Os outros 13% somam os rejeitos.

 

Veículo: Diário do Grande ABC


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