Supermercados apostam em torneio para elevar vendas

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A Copa do Mundo e as eleições terão uma influência positiva e importante nas vendas do varejo alimentar, segundo o presidente do conselho consultivo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda.

Em junho e julho, quando ocorrerá a Copa do Mundo, o setor deve vender mais carnes para churrasco, pipoca e bebidas, por exemplo. "De uma forma generalizada, vai aumentar a demanda porque vai ter muita reunião de pessoas para assistir aos jogos", diz Honda. Itens de festa junina também ajudarão a impulsionar as vendas no período.

Em relação às eleições deste ano, Honda diz que "o volume de investimento que é feito no Brasil com eleição é muito alto e gera uma liquidez maior na economia".

A Abras divulgou ontem que o setor registrou alta real de 2% nas vendas, deflacionadas pelo IPCA, no acumulado dos quatro primeiros meses do ano. Em abril ante março, o aumento real foi de 2,8%. "Está dentro de uma previsão nossa", afirma Honda. A associação mantém a previsão de terminar o ano com alta real de 3% em relação a 2013.

Apenas em abril, o setor registrou alta de 10,3% nas vendas, impulsionado pela Páscoa, que no ano passado caiu em março. A data, este ano, no entanto, "não foi tão boa", segundo Honda. Um dos motivos para o mau desempenho apontados por ele foi o feriado prolongado que fez as pessoas viajarem mais na data.

Em 2013, as vendas reais do setor cresceram 5,36% em relação ao ano anterior. Para o executivo, a previsão de alta para 2014 é "bem realista" num cenário de consumo menor. "Apesar do ritmo menor de crescimento, temos uma massa salarial ainda em alta e um desemprego, de certa forma, estável".

Honda pondera que a economia está perdendo a força de criação de empregos e o segundo semestre já não deve ser tão forte nesse campo. Ele observa que a inflação alta também aponta para uma tendência de consumo menor.

Para Honda, a queda na demanda de setores como o automotivo vai acabar contaminando outros segmentos da economia brasileira. O varejo alimentar não está imune, diz ele, mas é um dos últimos a ser afetado. "A perspectiva ainda é boa este ano, mas a grande questão é como vai ficar o ano que vem. Precisa haver um ajuste fiscal, mas não sabemos quando haverá".

A associação também anunciou ontem que o Abrasmercado, índice de preços de 35 produtos básicos pesquisado pela GfK, registrou alta de 1,63% em abril na comparação com março.



Veículo: Valor Econômico


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