Renner planeja operação on-line para vender perfumes e relógios

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Maior varejista de perfumes do país, a Renner se prepara para entrar no mercado de e-commerce para vender perfumes e relógios e concorrer diretamente com o site Sack's. "Estamos desenvolvendo, sim, um site para vender perfumes e relógios, que poderá entrar no ar em 2010", confirmou José Galló, presidente da Lojas Renner.
Nas suas 115 lojas físicas distribuídas no país, a rede gaúcha comercializa perfumes de mais de 20 marcas importadas como Kenzo, Burberry, Givenchy, Ralph Lauren entre outras grifes famosas.

 

Por conta dos grandes volumes negociados, a Renner consegue fechar contratos de exclusividade com algumas marcas. A varejista não revela qual o volume e a participação do segmento de perfumes na sua receita, que no primeiro trimestre somou R$ 419 milhões. Porém, os números vultosos da loja virtual Sack's, sua principal concorrente neste segmento, mostram o tamanho desse mercado.

 

A Sack's vende mais de 2 mil perfumes por dia, com tíquete médio de R$ 190, segundo Alexandre Icaza, diretor de Novos Negócios da DotCom, grupo detentor da Sack's. A loja virtual prevê encerrar este ano com um faturamento de R$ 100 milhões, um acréscimo de R$ 40 milhões em relação a 2008.

 

Outro dado interessante que pode ter contribuído para o interesse da Renner por esse nicho de negócio é que 55% das compras dos clientes da Sack's são de clientes que moram fora das capitais. Esses consumidores movimentaram no ano passado R$ 33,5 milhões, o que representa 52% a mais em relação a 2007.

 

A concorrência também é forte no que diz respeito a forma de pagamento. Em suas lojas, a Renner parcela a compra dos perfumes em até cinco vezes sem juros. A Sack's também divide as compras, mas em até 12 vezes sem acréscimo de juros.

 

O valor que a Renner está investido no segmento de e-commerce não foi revelado. "Este é um projeto complexo, que demanda muito investimento em tecnologia e logística. Só vamos entrar no e-commerce quando o projeto estiver totalmente pronto e com condições de atender com eficiência", explicou Haroldo Rodrigues, diretor de compras da Renner, durante apresentação ao mercado de três novas marcas da varejista, que vão se unir às atuais 12 marcas da Renner.

 

Durante o evento, Galló mostrou-se cauteloso em relação ao momento econômico. "Não devemos testar a temperatura da água com os dois pés. Uma das novas marcas será colocada inicialmente em apenas 35 lojas para testar o mercado. Não estou pessimista, nem otimista. É no segundo semestre que vamos ver se a economia realmente se recuperou", disse o executivo.
 


Veículo: Valor Econômico


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