Foodtech recebe aporte milionário e mira expansão no varejo brasileiro

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A startup chilena pretende transformar o Brasil no maior mercado da América Latina  

 

A foodtech chilena NotCo, que produz alimentos como leite, maionese e hambúrguer à base de plantas, não só chegou ao hall de unicórnios antes do previsto, como entrou para a lista com uma avaliação de US$ 1,5 bilhão, após um aporte de US$ 235 milhões liderado pela gestora americana Tiger Global.

 

A lista de investidores renomados da startup também aumentou com a entrada de celebridades como o piloto de fórmula 1 Lewis Hamilton e o tenista Roger Federer, que se juntam a Jeff Bezos, fundador da Amazon.

 

“Já entramos valendo um unicórnio e meio”, diz Matías Muchnick, fundador e CEO da NotCo, que previa entrar no grupo das startups bilionárias no fim do ano. “Para uma empresa criada em 2015, tudo tem acontecido antes do previsto”, comenta o executivo.

 

O novo aporte ajuda a empresa a ampliar categorias de produtos na América do Norte e chegar mais rápido à Europa e à Ásia. O México também é um novo mercado para a empresa, que já vende produtos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Estados Unidos.

 

No mercado brasileiro, a NotCo acelera a expansão para fora do estado de São Paulo, onde chegou em março de 2019. A próxima parada é o Rio, em agosto, com Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis e Salvador no radar.

 

A companhia também tem ampliado o portfólio à base de plantas e os canais de venda. O Not Milkinho, uma versão vegana do Toddynho, é novidade no portfólio e chega em agosto a prateleiras físicas e virtuais. Além da Amazon, a NotCo chegou ao Mercado Livre, há um mês e quer entrar em restaurantes – nos Estados Unidos, a empresa tem produtos nas redes de fast-food Burger King e de pizzarias Papa John’s.

 

Nos próximos meses, Muchnick prepara-se para ampliar a linha de carnes vegetais para produtos Not Chicken, que simulam a consistência e o sabor de carnes de aves e diz estar de olho no segmento de “não pescados” para o ano que vem.

 

O CEO pretende transformar o Brasil no maior mercado na América Latina para a empresa, ultrapassando o Chile. As vendas de proteínas à base de plantas têm sido cada vez mais disputadas no país, não só por startups, como a brasileira Fazenda Futuro e a americana Beyond Meat, como por grupos tradicionais como JBS e BRF. Globalmente, a ideia é que os Estados Unidos respondam por 50% do faturamento total em 2022.

 

Ao contrário do que se pode imaginar, as vendas da NotCo não dependem dos veganos. No Brasil, segundo a empresa, 92% dos consumidores de “não leites” são o que a empresa chama de flextarianos, ou carnívoros que desejam o consuvoros que desejam o consumo de alimentos de base vegetal em suas dietas.

 

A companhia já tinha outros fundos na base acionária, como a Kaszek, General Catalyst e a Enlightened Hospitality Investments, gestora associada ao Union Square Hospitality Group, do fundador da Shake Shack, Danny Meyer.

 

Fonte: Pipeline Valor  


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