Brasileiro fez menos compras de itens básico; consumo fora do lar foi mais impactado

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A escolha do novo presidente e a melhora de indicadores econômicos aliados ao aumento da confiança dos brasileiros no fim do ano não conseguiram reverter o desempenho negativo das compras de itens básicos (FMCG) no ano passado. De acordo com o Consumer Insights, elaborado pela Kantar Worldpanel, o consumo não cresceu em 2018, apresentando queda de 2,1% em toneladas e aumento tímido de 1,5% em valor na comparação com 2017.

 

Além disso, houve diminuição na frequência de compra de 2%, o que significa que as famílias fizeram uma visita a menos ao ponto de venda a cada seis meses. Diferentemente de anos anteriores, quando a frequência caía e o volume médio por visita aumentava, no ano passado a frequência caiu enquanto o volume médio ficou estável.


Na análise do consumo fora do lar, que representa quase a metade dos gastos, a queda foi ainda maior: 2,4% em valor e 3,7% em volume nos 12 meses terminados em novembro de 2018 na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No entanto, de acordo com o estudo, o cenário instável não impediu o aumento de categorias consideradas premium dentro dos lares, como molho para salada, sobremesa pronta, azeite, leite fermentado, massa fresca, batata congelada, suco congelado, chá pronto e cerveja.


Já categorias consideradas menos relevantes, entre elas, tintura para cabelos, bebida de soja, adoçante, bronzeador/protetor solar, saponáceos, caldos, alvejantes sem cloro e cloro, perderam penetração nos domicílios. Fora de casa, cresceram café, cerveja e refrigerantes, enquanto que bebida à base de soja, barra de cereal e sorvete diminuíram suas presenças.

 

Em relação aos canais utilizados pelos consumidores, a Kantar Worldpanel detectou que o brasileiro foi de 5 em 2013 para 7 no ano passado. Mais uma vez, o atacarejo se destacou, consolidando-se como o canal favorito no país em 2018, crescendo 3,7 pontos de penetração em relação a 2017, enquanto porta a porta teve queda de 5 p.p., seguido por hipermercados e super de vizinhança que, respectivamente, encolheram 3 e 2,3 p.p.


No quesito cestas, perecíveis e mercearia doce foram os grandes destaques do ano, aumentando o volume em 3,9% e 2,8%, respectivamente, impulsionado por biscoitos, refrigerados e leite fermentado.

A análise aponta ainda que no último trimestre, momento do aumento da confiança da população, o consumo se mostrou estável na comparação com os três meses anteriores - em unidades, o índice ficou em 102 nos dois períodos, enquanto que em toneladas foi de 97 para 98.


"O ano passado nos apresentou um consumidor que manteve o mesmo número de categorias no seu carrinho de compras, mas que escolheu mais seus produtos. Por causa das incertezas causadas pelas instabilidades econômicas e políticas, o brasileiro optou por fazer mais refeições em casa, no entanto, elegendo itens mais sofisticados. Além disso, a redução da frequência de idas ao ponto de venda, fez com que as compras fossem mais específicas e que mais canais entrassem na rotina dos compradores", analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Consumer Insights da Kantar Worldpanel.

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da Kantar Worldpanel


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