Exportações globais do grão tiveram queda de 8,1% em abril, aponta relatório
SÃO PAULO - Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla, em inglês) indicam que a produção mundial de café pode ser de 150,1 milhões de sacas na safra 2015/16. As informações constam no Informe Estatístico do Café, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Organização Internacional do Café (OIC).
Em relação às exportações globais, o documento destaca retração no volume comercializado em abril de 8,1%, em comparação com o mesmo mês de 2015. De acordo com o informe, essa redução, em parte, é resultado do ritmo mais lento das exportações do Brasil, que caíram 25%, ou seja para 2,4 milhões de sacas nesse mês, sugerindo que a disponibilidade de café de safras anteriores (estoques) quase se exauriu, haja vista o desempenho recente das exportações nacionais.
O total exportado pelos países produtores, nos sete primeiros meses do ano cafeeiro de 2015/16 (outubro a abril), foi de 65,2 milhões de sacas, 0,7% menos que no ano passado. Assim, a OIC conclui que a redução das exportações de café robusta foi em grande parte compensada pelo aumento das exportações de arábica.
Desempenho brasileiro
Para este ano, é esperada uma safra de 49,7 milhões de sacas de café brasileiro. O informe aponta que a colheita do grão chegou a 20% da área, portanto um atraso, impactado pelo alto índice de chuvas que ocorrem sobretudo na maior parte da região sudeste, provocando perdas de qualidade no produto maduro e pronto para ser colhido.
Nas cotações, os preços em 2016, no mercado interno, estão superiores ao ano anterior e se mantiveram relativamente estáveis no início da colheita, nos meses de abril e maio, com valorização do café robusta e uma ligeira redução do arábica.
No tocante às exportações, o relatório aponta que o volume exportado de janeiro a maio de 2016 foi 13,9 milhões de sacas de 60kg com uma queda de 7,43% em relação ao mesmo período de 2015. E que o preço médio do café nesse mesmo período deste ano foi 18,8% inferior e, por conseguinte, as receitas reduziram 24,9% nessa mesma base comparativa com o ano anterior.
Veículo: Infomoney