A terceira edição da campanha dos mamíferos vem com um padrinho mais poderoso: a Lactalis, número 1 em produtos lácteos no mundo. De origem francesa, a empresa comprou, no Rio Grande do Sul, os negócios da BRF no segmento leiteiro (marcas Elegê e Batavo) e ativos do grupo LBR, que detinha os direitos da Parmalat no Brasil.
Há poucos meses no país, o executivo francês Patrick Savageot, faz um paralelo entre as pequenas cidades onde se concentra a produção de leite no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais com a região da cidade de Laval, onde a Lactalis foi fundada, em 1933, pelo empresário André Besnier. Hoje, o comando é do neto, Emmanuel Besnier.
– Nosso grupo é familiar, foi criado sobre o leite e está bem conectado a suas raízes. Tem uma relação particular com os produtores, que no Brasil queremos desenvolver e reforçar – afirma, em um bom português para quem fala há poucos meses.
Com várias empresas no Brasil, Savageot afirma que o grupo tem “grandes respeito pelas marcas que compra” e pretende desenvolver cada uma, algumas com distribuição nacional, outras com alcance regional.
– Se não, como vamos explicar porque compramos uma marca que não usamos? – brinca.
Direto, o executivo afirma que, quando chegou ao Brasil, “o grupo acabara de comprar uma empresa quebrada”, referindo-se aos ativos da LBR (em recuperação judicial). Observa que a decisão de transformar a marca Parmalat em franquia, na época da crise do grupo italiano (2003/4), deixou “cada um com sua própria estratégia de qualidade”, que agora vai recuperar o padrão. Destaca a “relação emocional” da marca com os consumidores e conta que a reação dentro da empresa à campanha também foi emotiva. Sua primeira inclinação, afirma, seria dar uma linha “racional e matemática” à comunicação, mas foi convencido pela força dos filhotes.
Savageot também diz acompanhar com atenção o trabalho de combate a fraudes no leite no Rio Grande do Sul:
– É fundamental o respeito à lei pelos produtores e a garantia de qualidade ao consumidor.
Veículo: Zero Hora - RS