Laranja é campeã de aumentos, com variação de 133%

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15 dentre 20 produtos tiveram elevação de preço em pelo menos um estabelecimento pesquisado em março




Itens essenciais na mesa do consumidor, como laranja, tomate, feijão, cenoura e banana, continuam sendo os principais protagonistas da inflação. Esses cinco alimentos tiveram altas nos três supermercados consultados pela reportagem na comparação entre os meses de janeiro e março. Os destaques foram o feijão carioca da marca Kicaldo e a cenoura, que tiveram altas pelo segundo mês consecutivo. Os produtos apresentaram variações de até 20,56% e 69,86%, respectivamente, comparando-se o primeiro e o terceiro mês deste ano.

Dando prosseguimento à série Dança dos Preços - que acompanha, mês a mês, os valores de alimentos e produtos de higiene em três estabelecimentos supermercadistas da Capital cearense - foram consultados preços nos dias 24 e 26 de março e comparados com os que haviam sido obtidos dos mesmos itens nos dias 27 e 28 de janeiro último. Um total de 15 dos 20 produtos apresentaram aumentos de valores em pelo menos um dos estabelecimentos consultados.

A maior alta foi registrada pela laranja (133,02%), que também teve variações de 91,2% e 12,13%. O tomate continua sendo um dos itens cujos preços mais aumentam. O alimento teve a segunda maior elevação (124,16%) e altas de 62,35% e 27,54% em outras duas lojas.

A banana apresentou subida de preço de 75,31% em um dos estabelecimentos e elevações de 12,89% e 4,66% nos outros dois supermercados.

Variação

Apesar das altas significativas, o economista Ênio Arêa Leão destaca que os preços de produtos agrícolas, como frutas e verduras, costumam subir e descer semanalmente, a depender da quantidade de produção. Assim, quanto menor for esse volume, mais caro sairá para o consumidor. A saída para evitar as majorações de preços, segundo ele, é a substituição de alguns alimentos por outros com valor nutricional semelhante e que estejam mais em conta.

"Se a laranja subiu muito, ela pode ser substituída pelo limão, tangerina, ou até pelo suco da laranja já pronto", sugere.

Ainda de acordo com o levantamento, o arroz branco da marca Camil também teve altas significativas. Em apenas um dos supermercados o preço não sofreu alteração. Nos outros dois estabelecimentos, houve elevações de 4,18% e 9,58%.

Óleo

O óleo de soja Soya também sofreu altas de 25,08% em um dos supermercados e 21,81% no outro. Em uma das lojas consultadas pela reportagem, o produto estava em falta e o estabelecimento não conseguiu fornecer o seu valor atual.

Carnes

As carnes bovinas pesquisadas apresentaram estabilidade de preços em dois supermercados. Em um deles, a alcatra estava de promoção, e teve desconto de 32,15% frente o preço de janeiro. O valor do frango resfriado da marca Regina também permaneceu o mesmo na comparação entre janeiro e março em dois estabelecimentos e apresentou queda (-11,12%) em outro.

O macarrão spaghetti com ovos da marca Fortaleza não apresentou alterações de preço nos supermercados consultados pela reportagem, mas o economista Ênio Arêa Leão destaca que a tendência é de que as massas subam de valor, já que são produzidas com trigo importado e, com a alta do dólar, o insumo está ficando mais caro.


Veículo: Diário do Nordeste


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