Redes apostam no segundo semestre

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Mesmo com a crise econômica mundial, o fluxo de clientes continua elevado.

 

Mesmo que o desempenho das vendas nos supermercados em Minas Gerais em julho não tenha superado o verificado em igual mês do ano passado, os empresários do setor estão confiantes na retomada nas vendas. A troca do produto da preferência do consumidor por marcas mais baratas está diminuindo e, apesar do faturamento menor, a movimentação de clientes não caiu.

 

No Supermercado Prado, na região Oeste de Belo Horizonte, as vendas de julho ficaram estáveis em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação das vendas totais do primeiro semestre deste ano contra o mesmo intervalo de 2008, porém, o faturamento caiu 3%.

 

Segundo o proprietário do empreendimento, Gilson de Deus Lopes, desde novembro do ano passado que os produtos com maior valor agregado estão com as vendas em queda, mas que em julho houve recuperação. "O consumidor está voltando a comprar os produtos de sua preferência. A crise havia gerado uma troca de produtos semelhantes, em que o cliente optava pela marca mais barata", disse.

 

Este movimento, de volume de vendas parecido, mas com saída maior de produtos com menor valor agregado, foi o responsável pela queda no faturamento. A expectativa do empresário, no entanto, é de avanço na comercialização, que em agosto deste ano poderá gerar receitas maiores que no mesmo mês do ano passado. "A crise assustou o consumidor, mas os efeitos no bolso do cliente já são menos intensos, o que nos faz acreditar em vendas melhores", afirmou.

 

Em julho, devido às férias escolares, as vendas da segunda quinzena do mês são mais fracas. De acordo com Lopes, o que se vende em um dia da segunda metade do mês é 4% inferior ao comercializado no mesmo dia do mês anterior. Por outro lado, as férias impulsionaram as vendas de alguns produtos. "A linha infantil, como fraldas, registram maior saída, mas não o suficiente para compensar o baixo desempenho de outros produtos", observou.

 

No supermercado Eldorado, situado em Itaú de Minas, na região Sul do Estado, apesar da intensificação das promoções o mês de julho registrou decréscimo no faturamento de 5%. Segundo o proprietário, Luiz Carlos de Faria, o recuo foi proporcionado pela diminuição das vendas de produtos supérfluos.

 

"A queda na comercialização destes produtos ocorre desde o final do ano passado. Agora, acontece em menor escala, mas ainda impede o crescimento do faturamento", disse Faria.

 

A retomada gradual do ritmo dos negócios também resultou na revisão para cima da projeção de vendas da Associação Mineira de Supermercados (Amis). A entidade havia previsto uma alta de 2% no faturamento do setor em Minas este ano, mas admitiu elevar a projeção em 0,5 ponto percentual.

 

O Termômetro de Vendas da Amis apontou que nos primeiros seis meses do ano houve avanço de 1,43% no faturamento do segmento no Estado em relação ao mesmo intervalo de 2008. Também foram revisadas as previsões de investimentos do setor para o exercício, que passaram de R$ 120 milhões na abertura de 25 novas lojas para R$ 140 milhões, que serão alocados na implantação de 28 novos supermercados em Minas.

 

Veículo - Diário do Comércio de Minas


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