Analistas do mercado sobem estimativa de inflação para 5,06% em 2021 e veem alta maior do PIB

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O mercado financeiro elevou sua estimativa média de inflação em 2021 pela quinta semana seguida e também passou a projetar uma expansão maior da economia. As informações constam do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central (BC).

 

Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano subiu de 5,04% para 5,06%.

 

A previsão de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%, e se aproxima cada vez mais do teto do sistema de metas: 5,25%. Isso porque, pelo sistema atual, a inflação será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

 

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

 

Para 2022, o mercado financeiro manteve em 3,61% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

 

Produto Interno Bruto


No caso do Produto Interno Bruto de 2021, os economistas do mercado financeiro subiram a estimativa para o crescimento de 3,14% para 3,21%. Foi a terceira alta seguida do indicador.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

 

Para 2022, o mercado subiu a previsão de alta do PIB de 2,31% para 2,33%.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia da Covid-19, que tem afetado o nível de atividade da economia mundial.

 

Taxa básica de juros


O mercado financeiro manteve em 5,50% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021, o que embute novas altas na taxa de juros neste ano.

Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia foi aumentada pelo BC para 2,75% ao ano. E, na semana passada, o Copom elevou o juro para 3,5% ao ano.

 

Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para a taxa Selic em 6,25% ao ano, o que pressupõe continuidade da alta do juro básico no próximo ano.

 

Outras estimativas


Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 recuou de R$ 5,40 para R$ 5,35. Para o fim de 2022, ficou estável em R$ 5,40 por dólar.


Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 permaneceu em US$ 64 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 56,50 bilhões para US$ 55 bilhões de superávit.


Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 55 bilhões. Para 2022, a estimativa subiu de US$ 61 bilhões para US$ 63,5 bilhões.

 

Fonte: G1


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