Inflação para a classe média tem desaceleração em abril

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O Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM) apresentou variação de 0,28% em abril na capital paulista, conforme a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) e a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O resultado representou uma desaceleração em relação à alta de 0,40% em março.

 

Entre janeiro e abril de 2009, a inflação para a classe média acumulou variação de 1,50%. No período de 12 meses encerrados em abril, a taxa acumulada alcançou a marca de 6,34%. O ICVM abrange a faixa de renda das famílias com ganho entre 5 e 15 salários mínimos.

 

De acordo com o levantamento, as quedas observadas nos grupos Alimentação e Habitação foram determinantes para o resultado menor do índice em abril ante o mês anterior. O primeiro grupo recuou 0,25% contra uma elevação de 1,05% observada em março. O segundo apresentou declínio de 0,10% ante avanço de 0,24%.

 

A Fecomercio-SP e a OEB salientaram que o movimento na Alimentação foi liderado basicamente em virtude do comportamento mais favorável dos alimentos in natura, que saíram de uma expressiva alta de 6,25% em março para uma baixa de 0,76% no mês seguinte. Os destaques deste subgrupo ficaram por conta da diminuição nos preços das frutas (-2,86%), dos legumes (-3,07%) e das verduras (-2,26%). Estes três segmentos tiveram força maior que as altas observadas nos preços dos tubérculos (8,16%) e dos ovos (5,25%).

 

Outro destaque da Alimentação em abril ficou por conta do subgrupo Semielaborados, que recuou 0,46% em abril. No período, chamaram a atenção as baixas de 4,04% dos cereais e de 0,76% das carnes bovinas, que foram mais decisivas que o aumento médio de 4,71% no leite Longa Vida.

 

No terreno de altas mais fortes do ICVM, o grupo Saúde apresentou variação de 1,51% em abril ante 0,23% em março, por conta principalmente do reajuste nos preços dos remédios (4,16%) e dos planos de saúde (0,71%); e o grupo Despesas Pessoais contou com uma elevação de 1,36% ante 0,60%, por causa especialmente da variação nos preços dos cigarros (13,41%). Quanto aos demais grupos, o de Vestuário teve uma elevação de 0,39%, inferior à de 0,60% de março; o grupo Transportes subiu 0,26% ante 0,07%; e a Educação apresentou variação zero contra uma alta anterior de 0,06%.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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