Confiança empresarial cai 2,5 pontos em setembro, diz FGV

Leia em 1min 50s

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) apresentou queda de 2,5 pontos em setembro, passando para 99,9 pontos. O resultado interrompeu a sequência de altas que começou em abril deste ano. De acordo com o Ibre, em médias móveis trimestrais, o indicador manteve tendência de alta ao avançar 0,4 ponto.

 

Para o superintendente de estatísticas do instituto, Aloisio Campelo Junior, apesar de ser a primeira queda desde março de 2021, a evolução da confiança empresarial em setembro preocupa por causa da piora das expectativas, que deixam de ser otimistas e passam a neutras.

 

"O quadro de crescimento econômico moderado se mantém neste final de terceiro trimestre mas surgem, no radar empresarial, os riscos de uma crise energética, uma possível desaceleração da economia chinesa e o impacto da alta gradual dos juros no consumo interno", avaliou Campelo.

 

Para o instituto, a piora da avaliação sobre a situação corrente e das expectativas para os próximos meses, foram os motivos que levaram à queda da confiança dos empresários. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 1,2 ponto, e ficou em 99,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 3,8 pontos, para 99,9 pontos.

 

O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores avaliados pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE, que são indústria, serviços, comércio e construção. Dentre os setores, apenas a confiança da construção, que teve alta de 0,1 ponto, não apresentou queda em setembro.

 

O maior recuo foi da confiança do comércio (-6,8 pontos), seguido por serviços (-2 pontos) e indústria (-0,6 ponto). Segundo os pesquisadores, em todos os segmentos, os movimentos da confiança foram determinados principalmente pela piora das expectativas em relação aos próximos meses.

 

Difusão da Confiança
Os resultados de setembro indicam ainda que a confiança empresarial aumentou em 33% dos 49 segmentos integrantes do ICE. Isso representa queda da disseminação, na comparação com os 53% do mês passado. O destaque ficou com o Comércio, que não registrou alta da confiança em nenhum dos segmentos.

 

Fonte: Agência Brasil 

 


Veja também

Em nova projeção, Ipea vê inflação em 2021 acima de 8%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta tarde (30) sua nova análise de conjuntura ...

Veja mais
SP: vendas para Dia das Crianças devem crescer 3%, estimam lojistas

As vendas do comércio paulista para o Dia das Crianças devem crescer 3% em relação ao ano pa...

Veja mais
Brasil registra 1,4 milhão de novos negócios de maio a agosto de 2021

O Brasil alcançou a marca de 1,4 milhão de novos negócios abertos, de maio a agosto de 2021. Nesse ...

Veja mais
Indústria paulista registra queda nas vendas em agosto

As vendas reais da indústria de transformação paulista tiveram queda de 2,4% em agosto na compara&c...

Veja mais
Indicador de Incerteza da Economia avança 14,3 pontos

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 14,3 pontos em setembro, pa...

Veja mais
Desemprego recua para 13,7% em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões, aponta IBGE

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões de b...

Veja mais
BC sobe para 4,7% estimativa de alta do PIB em 2021 e prevê desaceleração no próximo ano

O Banco Central (BC) revisou sua estimativa para o crescimento da economia brasileira e passou a prever uma expans&atild...

Veja mais
IBGE: inflação da indústria tem alta de 1,86% em agosto

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,86% em agosto, na comparação com julho. O indic...

Veja mais
Novo Caged: Brasil cria 372 mil postos de trabalho formal em agosto

O Brasil registrou um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em agosto de 2021. O saldo ...

Veja mais