Coca-Cola fecha acordo para comprar Huiyuan

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A Coca-Cola fechou um acordo para comprar o China Huiyuan Juice Group por 17,9 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 2,3 bilhões), dobrando a sua parcela no mercado de sucos de frutas do país. É a maior aquisição da empresa no exterior.
A maior empresa de refrigerantes do mundo vai pagar 12,20 dólares de Hong Kong por ação em dinheiro vivo, quase o triplo do preço do último fechamento, em 4,14 dólares de Hong Kong, informaram ontem as duas empresas. As ações da Huiyuan fecharam a 10,94 dólares de Hong Kong na bolsa de Hong Kong.

 

A aquisição, a segunda desde que o principal executivo da Coca-Cola, Muhtar Kent, assumiu o cargo, em julho, vai dobrar a participação em um mercado que deve crescer 16% este ano. A Coca-Cola, que expande na Ásia enquanto suas vendas desaceleram na América do Norte, vai pagar mais que o dobro do valor da mais próxima rival chinesa da Huiyuan.

 

"É um pouco caro, mas é melhor do que construir tudo a partir do nada", disse Fiona Wong, analista de consumo da Sun Hung Kai Securities em Hong Kong, em entrevista. "A marca Huiyuan é muito conhecida na China."

 

A compra da Huiyuan pela Coca-Cola está sujeita à aprovação regulatória da China. Se concretizada, será a maior aquisição estrangeira de uma empresa chinesa, segundo dados compilados pela Bloomberg. O acordo previsto atribui à Huiyuan o valor equivalente a 46,6 vezes a receita estimada deste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg. As ações da Uni-President China Holdings, fabricante de bebidas de frutas e macarrão instantâneo, são negociadas a 20,03 vezes a receita estimada. As ações da Huiyuan tinham caído 49% este ano até 29 de agosto, quando deixaram de ser negociadas, na expectativa do anúncio de ontem.

 

As vendas de sucos de frutas e vegetais na China provavelmente crescerão 16%, para US$ 12,3 bilhões este ano, segundo a Euromonitor International. É mais do que o dobro do crescimento das bebidas carbonatadas, estimado em 7%, para US$ 7,94 bilhões.

 

A aquisição mostra que os players globais ainda valorizam a exposição para a China", que tem o mercado de ações de pior desempenho do mundo este ano, disse Shi Bin, que gerencia o equivalente a US$ 1,8 bilhão no UBS Global Asset Management (Hong Kong). Fusões e aquisições como essa vão dar um grande apoio ao mercado." A Coca-Cola, que tem um valor de mercado de US$ 120 bilhões, já disse que sua expectativa é que 80 % do seu crescimento futuro venha de mercados que não o dos EUA. As vendas por volume da empresa na China expandiram 18% no ano passado.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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