Anheuser-Busch InBev emite US$ 8 bilhões para pagar dívida

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A Anheuser-Busch InBev, formada na semana passada com a fusão das maiores cervejarias da Europa e das Américas, reativaram a venda de ações para pagar a dívida de US$ 54,8 bilhões, depois que seus controladores se dispuseram a desembolsar mais dinheiro.

 

Até 986,1 milhões de novas ações estão sendo vendidas para os atuais investidores, a 6,45 euros cada, para captar 6,36 bilhões de euros (US$ 8,05 bilhões), informou ontem a fabricante das marcas Stella Artois e da Budweiser, sediada em Leuven, Bélgica. Os investidores poderão subscrever oito novas ações para cada cinco que já tinham até 9 de dezembro.

 

A ex-InBev NV mudou seu nome na semana passada, depois de adquirir a Anheuser-Busch Cos. por US$ 52 bilhões, no maior negócio concluído este ano. A InBev havia adiado em 14 de outubro a emissão de ações com direito preferencial de subscrição, devido à queda nos preços das ações em todo o mundo. A empresa argumentou na ocasião que esperaria que os mercados estivessem mais estáveis, mas as suas ações caíram mais de 30% desde então.

 

"Há movimentos violentos de mercado neste momento, mas [a situação] pode ficar ainda pior no ano que vem", tornando mais difícil a venda de ações ou o pagamento da dívida, disse Karim Bertoni, que participa da administração de US$ 26 bilhões no Banque Syz & Co., em Genebra, e não tem ações da empresa.

 

A empresa disse que os seus controladores, executivos brasileiros e famílias belgas, vão gastar 2,8 bilhões de euros em ações para manter sua condição de majoritários, mais do que o dobro de suas intenções no mês passado.

 

A empresa disse ainda que o BNP Paribas, o Deutsche Bank AG e o JPMorgan Chase & Co. estão gerenciando a venda de até 1,2 bilhão de euros em ações da Anheuser-Busch InBev desprovidas do direito de participar da atual oferta.

 

"A venda das ações é o primeiro passo do pagamento da montanha de dívidas", disse Rob Mann, analista da Collins Stewart, em uma nota. "A contribuição das famílias deve facilitar a emissão das ações. Esta situação continua a ser de risco relativamente alto."

 

Veículo: DCI


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