Falhas no eSocial atrasam a divulgação dos dados de criação de empregos em janeiro

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A reformulação do eSocial, sistema de informação digital de obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas por parte das empresas, encampada pelo governo federal, vai atrasar a divulgação dos dados do emprego formal. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre admissões de demissões em janeiro só será conhecido na segunda quinzena de março.Os números são aguardados pelo mercado e até então, costumavam ser divulgados no mês subsequente.

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho negou a existência de falhas e informou em nota que o atraso se deve a mudança no prazo máximo que os empregadores têm para repassar as informações sobre admissões e demissões, que passou do dia 07 para o dia 15 de cada mês.

Mas, diante de dificuldades para prestar as informações em janeiro, as empresas tiveram que enviar os dados pelo sistema antigo do Caged e pelo eSocial.

“A solicitação para o uso do Caged para o envio de informações foi pontual e ocorreu apenas para garantir a geração e a divulgação de informações mensais sobre emprego formal no país de forma tempestiva”, justificou a Secretaria.

Para o especialista Rodolfo Torelly, ex-funcionário do Ministério do Trabalho, o atraso no cronograma revela problemas na transição dos sistemas.

- O mercado está aguardando esses dados. Muita gente trabalha com planejamento, usando os dados do Caged. O Caged era um registro administrativo que sempre funcionou muito bem – destacou.

Janeiro é tradicionalmente um mês fraco em termos de geração de emprego. No mesmo período de 2019, foram criados 34,3 mil postos com carteira assinada. A expectativa é que o mês passado registre um saldo positivo entre 40 mil e 50 mil, devido aos preparativos para o carnaval. Em dezembro, foram fechadas 307,3 mil vagas por causa das rescisões dos contratos temporários.

Um dado aguardado no resultado do emprego formal de janeiro deste ano se refere à adesão dos empresários ao programa Verde Amarelo, que permite a contratação de jovens com redução de encargos trabalhistas. A medida provisória (MP) que criou esse programa foi editada em novembro e ainda não foi aprovada pelo Congresso Nacional.         

 

Fonte: O Globo   


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