Em um ano, custo com alimento ficou mais caro e colocar na mesa ficou mais difícil

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A majoração foi sentida do atacado ao varejo, onde a variação foi de 7% a 32% entre julho de 2018 e este mês. O custo pesa em todas as classes sociais, já que os aumentos vão de cortes nobres a carnes “de segunda”. A carne suína também encareceu, puxada pelo crescimento da demanda pelo produto no mercado externo, especialmente a China. No atacado, os 4 cortes de carne bovina levantados pelo Imea tiveram aumento de preço.

 

A ponta de agulha foi o que menos encareceu no período, com alta acumulada de 7,36% entre 2018 e 2019. O quilo custava R$ 8,07 no 7º mês do ano passado e agora chega a R$ 8,66. Já o corte dianteiro com osso subiu de R$ 7,77 para R$ 8,84, alta de 13,88% no mesmo período. No varejo, o aumento foi ainda mais intenso e atinge em cheio o bolso das famílias. Todos os cortes estão mais caros.

 

O lagarto é o que teve menor variação. O quilo custava R$ 19,83 em julho de 2018 e agora sai por R$ 20, em média, com alta de 0,84% no período. Outros cortes de primeira tiveram alta mais expressiva. A picanha foi a que mais encareceu, com alta de 32,88%. O quilo era vendido por R$ 36,37 no ano passado e este mês chega a R$ 48,33 em média, segundo o levantamento do Imea.

 

Cortes de segunda, como paleta, capa de filé, costela, músculo e acém também estão mais salgados. O músculo, por exemplo, teve alta de 20,9% no intervalo analisado. O valor do quilo subiu de R$ 13,64 para R$ 16,50. A paleta custava R$ 15,07 e agora o preço médio chega a R$ 17,58, aumento de 16,6%. Capa de filé (12,93%), costela (13,3%) e acém (11,4%) também são exemplos de cortes que subiram acima da média. O encarecimento do item faz o consumidor mudar os hábitos e reduzir a quantidade do produto colocado à mesa.

 

“O preço está superalto de um ano para cá. Tem gente que não consegue comprar a carne todos os dias para comer. E todos os cortes estão mais caros”, nota a vendedora Maria Pereira, 53. “Todo mês compro a quantidade que dá para o mês inteiro, porém mais controlado, não mais como era antigamente. Tem que comprar outras coisas para manter o equilíbrio”.

 

A mesma opinião tem o economista Moisés Ferreira, 51. “Percebi que teve variação principalmente nos cortes mais nobres, como picanha, contrafilé e coxão mole, que são as que mais compro no dia a dia. Aí temos que substituir por produtos similares, como a carne suína que é mais em conta”, afirma. Como o quilo da carne suína é geralmente mais barato que o da carne bovina, e o aumento quase não foi notado pelo consumidor. Mas, de acordo com o boletim do Imea, os cortes suínos também sofreram reajuste.

 

O pernil, por exemplo, teve alta de 23,4%, subindo de R$ 10,07 para R$ 12,42 em um ano no varejo em Cuiabá. O carré foi de R$ 10,46 para R$ 12,79, alta de 22,3%. Outros cortes ainda pesam menos que no ano passado, como o filé mignon suíno, que caiu 34,9%, passando de preço de R$ 21,84 para R$ 14,22.

 

Fonte: O Bom da Notícia

 


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