O consumidor está ponderando mais as compras parceladas. Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que apenas 3% deles pretendem fazer dívidas de médio prazo nas compras de Natal.
Se as expectativas dos lojistas se confirmarem, as vendas devem praticamente repetir o crescimento do ano passado quando a alta verificada foi de 2,97%. Nos anos anteriores, o incremento das vendas parceladas foi de 2,37% em 2012, de 2,33% em 2011 e de 10,89% em 2010.
Também vale ressaltar que neste período a economia brasileira vivia um período de crescimento acelerados, após momentos de estagnação.
Desaceleração
Como em 2014 o varejo apresentou desempenho modesto na maior parte das datas comemorativas - Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia da Criança - e sofreu com as vendas no período da Copa do Mundo, os lojistas esperam alavancar as vendas no Natal para recuperar o prejuízo sofrido no primeiro semestre.
"A inflação tem pesado no bolso dos consumidores. Os juros se encontram num patamar elevado e a massa salarial já não cresce com tanto vigor como nos últimos anos, o que desaquece as vendas", explicou em nota o presidente da CNDL, Roque Pellizaro Junior.
Ainda segundo o especialista, o décimo terceiro salário pode incrementar as vendas. "Em virtude da injeção extra de capital com o pagamento do abono de Natal e com as tradicionais compras de última hora, as vendas para o fim do ano devem ser melhores do que nas demais datas festivas de 2014. A expectativa dos lojistas é de que as perdas acumuladas ao longo do ano sejam recuperadas no período natalino", afirmou.
Otimismo
Para o líder do movimento lojista, o período natalino é conhecido por beneficiar praticamente todos os segmentos da economia, de maneira homogênea. "No Natal, é comum que o consumidor direcione seus gastos aos mais variados bens e serviços. Ele pode comprar uma roupa nova, quitar dívidas, revisar o carro que está na garagem, dar um vinho de presente e até começar uma reforma em casa. Dessa forma, todas as engrenagens giram para fazer a máquina econômica funcionar", explicou Pellizzaro Junior./Da Redação
Veículo: DCI