O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,37% na terceira quadrissemana de outubro. O número representa um avanço em relação à segunda leitura deste mês, quando o índice subiu 0,34%.
O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro do intervalo das previsões de 10 instituições pesquisadas pelo AE Projeções, que apontavam que o índice poderia ficar entre avanços de 0,35% e 0,39%, com mediana de 0,37%.
Nessa leitura, as medições para Alimentação e Transportes ganharam força. A inflação em Alimentos acelerou para 1,08%, ante 1,03% na leitura anterior. Em Transportes, os preços avançaram para 0,13%, de 0,10%.
Em Vestuário, houve desaceleração: de 0,49% para 0,31%. Os preços do grupo de Saúde também perderam força: de 0,41% para 0,40%.
Habitação passou a subir 0,17%, ante queda de 0,05% na leitura anterior. Movimento contrário ocorreu com o grupo de Despesas Pessoas, que passou a cair 0,07%, depois de avanço de 0,33%. Os preços de educação mantiveram o mesmo ritmo de alta: 0,19%.
A estiagem prolongada e o aumento da demanda nesta época do ano estão pressionando ainda mais a inflação de alimentos dos paulistanos. De acordo com Fipe, os preços dos produtos alimentícios mais suscetíveis ao clima seco, como frutas, legumes e verduras, avançaram de maneira expressiva nos últimos dias.
O mesmo acontece com as carnes bovinas, que também passam por um período menos favorável, refletindo a demanda aquecida internamente, exportações em alta e a menor oferta de animais para abate, também por causa de pastagens comprometidas em regiões produtoras. As carnes suínas e de frango pegam carona nesse movimento de alta. Por outro lado, ovos e leite ficaram mais baratos na cidade de São Paulo, como constata a Fipe./Estadão Conteúdo
Veículo: DCI