Avanço tecnológico impulsiona marketplace

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Os próximos anos devem ser estratégicos para a expansão do marketplace, o conceito de loja on-line que reúne vários comerciantes em um único site. Para isso, os maiores concorrentes redobram os cuidados com ferramentas de pagamento e marketing.

O MercadoLivre, por exemplo, adquiriu há pouco a KPL, especializada no fornecimento de softwares de gestão para e-commerces. O investimento inicial foi de R$ 50 milhões. "É um sistema de processamento de pedidos. Era um dos braços que sentíamos que faltava para completar o ecossistema", conta o diretor de marketplace da companhia, Leonardo Souza.

Conceituada por Souza como um "shopping do mundo on-line", o marketplace tem nos serviços oferecidos ao empresário seu maior trunfo. Em troca de uma porcentagem nas vendas, o empreendedor fica isento de uma série de responsabilidades. "Os marketplaces são empresas de tecnologia", lembra Souza. "Seu desenvolvimento é grande por causa dos benefícios para o comprador, como ferramentas para comparação de preços e frete, ou que avaliam a satisfação de compra", completa o executivo.

Já para quem vende, as soluções tecnológicas também aparecem como diferenciais. Como exemplo, Souza cita o MercadoPago, ferramenta da plataforma MercadoLivre que une gateway de pagamento com sistemas antifraude e de avaliação de riscos.

"Pagamento e logística são os dois pilares do e-commerce; o marketplace deve oferecer soluções para ambos", conjectura Souza, que segue otimista quanto a evolução da modalidade. "É uma tendência mundial. Tudo indica que vai crescer mais ainda aqui".

Negócio da China

Segundo dados do setor, 20% das vendas via web realizadas no Brasil acontecem através de marketplaces; nos Estados Unidos, elas correspondem a 33%, enquanto na China a participação do segmento bate os 90%. É justamente da China que vem um dos maiores players do setor atuantes no País: o AliExpress, braço de vendas para o consumidor final do grupo Alibaba.

Em entrevista ao DCI no Fórum E-Commerce Brasil 2015, que ocorreu em São Paulo, o chefe de operações da empresa no Brasil, Lucas Peng, afirmou que nem o cenário econômico instável diminui o interesse da gigante por aqui. "Não é expressivo para tirar o Brasil do nosso holofote. O País segue no nosso top 3".

Segundo o executivo, a experiência no Brasil (a versão em português existe desde 2013) exigiu atualizações. "Tivemos que modificar alguns mecanismos, como o de busca, a o gosto do brasileiro. Muitas coisas, como canais específicos para moda, por exemplo, foram feitas primeiro aqui e depois replicadas na plataforma global", revela o head.

O próximo passo é investir em parcerias locais, com destaque para o marketing de afiliados: "Quem dividir sua experiência de compra em um blog ou rede social vai poder monetizar em cima das compras geradas através do compartilhamento", explica Peng.

Quanto ao ingresso de lojas brasileiras na plataforma, Peng foi reticente. Atualmente, 95% dos associados no AliExpress são chineses.



Veículo: Jornal DCI


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