Uma agricultura com instrumentos como um superabsorvente capaz de reter água na raiz de plantas irrigadas na região semi-árida ou com potencial para formar um canavial a partir de mudas livres de doenças como raquitismo e com aumento de produtividade de até 30%. Essas foram algumas possibilidades apresentadas pela Basf durante o evento "Agricultura, o maior trabalho do mundo", quando a empresa celebrou os 150 anos de existência, mais de 100 destes no Brasil, realizado nos dias 29 e 30 de junho últimos, em Campinas (SP). A empresa de origem alemã comemorou lançando o desafio: "Como alimentar 7 bilhões de pessoas em 2050?".
Uma das maiores fabricantes de defensivos agrícolas do mundo, a Basf apresentou no encontro com jornalistas brasileiros, os principais investimentos, resultados e lançamentos de produtos da empresa nos últimos anos. As vendas globais somaram 74 bilhões de euros, 4,3 bilhões (6%) na América do Sul (AL). A Divisão Agrícola teve volume de vendas de 5,4 bilhões, com 3,5 bilhões na América do Sul.
"Mesmo em um ano de incertezas clímáticas ou políticas como ocorrido em 2014, tivemos um aumento de vendas de 4% em agro na América Latina", explicou Eduardo Leduc, presidente sênior da Unidade de Proteção de Cultivos para AL.
Segundo Leduc, as principais culturas responsáveis pelo recente aumento de vendas foram soja, cana-de-açúcar, café, milho e laranja. Os carros-chefe das vendas foram o fungicida Orkestra™ SC (Xemium®) usado no controle da ferrugem asiática da soja e o Heat® que se consolidou no Brasil como uma das principais tecnologias para controle de plantas invasoras.
Superabsorvente
A Basf é líder neste mercado de gel usado para fraldas, matéria prima do superabsorvente que começou a ser produzida no complexo produtivo de escala global para a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP), inaugurada no mês passado, em Camaçari (BA). Com um investimento de cerca de 500 milhões de euros, foi o maior aporte da Basf na América do Sul.
Segundo Leduc, a empresa busca outras inovações da cadeia química transferidas para a agricultura. Os resultados foram interessantes nos ensaios em áreas irrigadas no Nordeste do Brasil e no México, disse. "O objetivo é que água seja retida um pouco mais na região da raiz. Quando o superabsorvente seca, libera a água. A inovação será colocar no gel os princípios ativos e fertilizantes, com muito menos água disponível no local certo. "Este é nosso conceito visionário, estamos trabalhando forte em pesquisa", declarou.
Veículo: Jornal A Tarde - BA