Mercado de notebooks já estuda alternativas

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                                Aparelhos mais baratos, foco no mercado corporativo e Windows 10 devem ser armas de empresas de eletrônicos após queda de 26% nas vendas durante os cinco primeiros meses do ano



O período de vendas fraco que o mercado de notebooks atravessa é motivado mais pela queda no poder de compra do brasileiro do que pela diminuição do interesse pelo produto, acredita o setor - que, mesmo assim, empreende novas estratégias para não perder mercado."Fizemos algumas pesquisas e detectamos que um terço dos brasileiros tem a intenção de comprar um novo notebook nesse 2º semestre", garante a diretora da área de notebooks da Samsung Brasil, Sandra Chen."O Brasil é um dos cinco países mais representativos para a companhia no segmento e temos estratégias específicas para o mercado", afirma Chen. Entre as táticas, a ênfase em produtos de menor valor agregado."Trabalhamos em um line-up mais assertivo para o mercado brasileiro. Temos um potencial alto para atingir aqueles que compraram seu primeiro notebook somente em função do preço", explica a executiva.

Exemplo é o Chromebook, produzido pela Samsung em parceria com a Google e cuja segunda geração chegou ao mercado brasileiro há pouco, custando em média R$ 900,00.Mais barato e visando o público jovem, o Chromebook (também fabricado pela Acer e Asus) utiliza sistema operacional da Google e opera com apoio da nuvem. Segundo a consultoria Gartner, a comercialização de Chromebooks na América Latina deve passar de 142 mil em 2014 para 178 mil este ano - a despeito da aceleração registrada no Brasil.

Ambiente de trabalho

Tal como os sul-coreanos, a Dell também se fia na ainda latente vontade do consumidor para não perder terreno. Segundo estudo realizado pelo Ibope/Conecta sob encomenda da companhia, cerca de 46% dos brasileiros gostariam de comprar um notebook nos próximos seis meses - percentual ainda maior que o trabalhado pela Samsung.

Uma das principais apostas da empresa norte-americana visa o ambiente corporativo, visto como caminho para a sustentação das vendas. "Existe um momento de retração, mas ao mesmo tempo há quase 600 milhões de máquinas com mais de quatro anos e que precisam ser trocadas", declarou o presidente da Dell, Luis Gonçalves, em entrevista coletiva nesta semana.

"As empresas precisam estar preparadas para a integração à rede corporativa, bem como para outras soluções que facilitam a gestão e a segurança das informações", completou o executivo, dando sinais que a Dell deve investir mais na proteção de dados.

Atualizações também são precisas no caso dos computadores pessoais, destaca Gonçalves. O levantamento do Ibope constatou que o número de brasileiros que trabalham a partir de seus dispositivos pessoais já atinge 46%.

Windows 10

Outro aspecto que anima as empresas de tecnologia é o Windows 10, que deve ser lançado pela Microsoft na semana que vem. "Nossas perspectivas de renovação da linha de produtos são auxiliadas pelo lançamento do sistema operacional", contou o diretor de marketing da Acer, Anderson Kanno. Luis Gonçalves, da Dell, concorda. "Há quem ainda use o [sistema operacional] XP. Eles podem não mudar agora, mas terão que mudar em pouco tempo", avalia.

Mercado externo

Já as negociações com outros países devem ficar mais comuns após a assinatura do Acordo Internacional de Tecnologia da Informação (ITA), que eliminará tarifas de importação de mais de 200 produtos. O acordo, porém, não é visto com bons olhos pelo setor de eletrônicos brasileiro, que teme que o real fraco e a entrada de produtos americanos e chineses podem asfixiar os players alocados no País.

Enquanto isso, empresas como a Positivo já buscam novos mercados, como a África: nesta semana a empresa, em parceria com a argentina BGH, iniciou sua produção de notebooks no continente.



Veículo: Jornal DCI



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