Bayer CropScience está desenvolvendo projeto piloto do "Programa Valore" na região para melhorar produção

A Bayer CropScience está desenvolvendo um projeto piloto na região Sul de Minas Gerais com o objetivo de certificar as propriedades cafeeiras. O "Programa Valore" já é desenvolvido em outras culturas como a soja, cana-de-açúcar e uva, e tem como principais resultados a melhoria da produção, a agregação de valor ao produto e a facilitação ao acesso de certificações.

De acordo com a coordenadora de desenvolvimento sustentável da Bayer CropScience, Elaine Delgado, este será o primeiro projeto desenvolvido em Minas Gerais e na cultura do café, e dependendo dos resultados, nos próximos anos poderá ser expandido para outras regiões e culturas do Estado.

"Esta será a primeira experiência do Programa Valore na cultura do café. Optamos por Minas Gerais e a pela região Sul do Estado por serem os maiores produtores do grão. Nosso objetivo é desenvolver este projeto piloto e diante dos resultados expandir para as demais regiões de produção ao longo dos próximos anos", disse.

O Programa Valore foi criado pela Bayer CropScience e já é reconhecido nas culturas de uva, cana-de-açúcar e soja. O projeto é desenvolvido por meio de parcerias com empresas, cooperativas e usinas.

O projeto piloto em Minas Gerais será desenvolvido em parceria com a Cooperativa Agrária de Machado (Coopama), que fica em Machado, no Sul do Estado. A expectativa é certificar até 80% dos cooperados da Coopama no período de um ano. A região foi a escolhida por ser referência na produção de café, e responsável por 25% do café produzido nacionalmente, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com Elaine, o principal objetivo é agregar valor à cadeia produtiva e assegurar a competitividade do produtor, por meio do acompanhamento rigoroso do processo de produção agrícola. Para participar, o cafeicultor deve fazer a inscrição via cooperativa e parceiros que trabalhem com produtos da Bayer, na região.

As ações do programa, no primeiro momento, incluem um diagnóstico completo da unidade produtiva e a definição do projeto de adequação.

"As propriedades selecionadas irão passar por um diagnóstico amplo realizado por uma consultoria contratada pela empresa. Após a visita, será elaborado um plano de adequação das fazendas e combinado com o produtor um cronograma para que as adaptações sejam implantadas. Durante todo o processo, o cafeicultor terá o acompanhamento técnico de profissionais da Bayer. Após esta etapa a unidade passará por uma vistoria e pelo processo de auditoria que irá certificar a produção", disse Elaine.

O projeto tem como foco os cuidados com a sustentabilidade da cultura e com o meio ambiente, e oferece ao agricultor benefícios como sustentabilidade dos negócios no longo prazo; diferenciação do produto e assistência técnica.

Durante o projeto os agricultores também são capacitados em relação às boas práticas agrícolas, ao uso racional de insumos e recursos naturais; a melhor gestão dos negócios; formas de reduzir os custos da produção e como ampliar a produtividade.

"A certificação da produção é essencial para que o cafeicultor consiga agregar valor ao café, garanta a qualidade do produto e atenda mercados mais exigentes", explica Elaine. No mercado internacional a certificação não é mais apenas um diferencial e, sim, um pré-requisito para que as negociações sejam concretizadas. "O projeto é vantajoso, já que os gastos dos produtores estão restritos apenas às adaptações das unidades, o restante é custeado pela Bayer. Nosso objetivo é mostrar que a empresa também está preocupada com os projetos voltados para a sustentabilidade", disse.




Veículo: Diário do Comércio - MG