Inflação pesa sobre projeções do varejo para o próximo ano

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Inadimplência, juros e inflação em alta e a restrição ao crédito pesam sobre o desempenho do varejo em 2013 e 2014. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o varejo nacional deve crescer 5% este ano. No entanto, para 2014, a previsão é que o comércio nacional desacelere e avance apenas 2,5%. No caso de São Paulo, as projeções da ACSP indicam aumento de 3,5% a 4% no final deste ano em comparação ao mesmo período de 2012.

"A taxa de desemprego, que ficou estável este ano, os juros maiores do que em 2012, entre outros, foram os motivos para 2013 não ter sido muito bom para o setor", afirma Altamiro Carvalho, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a inadimplência entre as famílias brasileiras aumentou de 20,6% em setembro para 21,6% em outubro. Já a inflação impactou a confiança do consumidor: fechou outubro em 142 pontos contra 166 pontos no mesmo período do ano passado. No entanto, em relação a setembro houve um avanço de sete pontos no Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado ontem pela ACSP. Esse aumentou se justifica pelo benefício do 13º salário.

As parcelas do 13º salário contribuem também para melhorar as expectativas do setor. "Todo ano temos o 13º e, com ele, no fim do ano o otimismo da população aumenta para as compras", diz Marcel Solimeo, o economista chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

As lojas já estão com os estoques abastecidos para a época do Natal. Porém, de acordo com a ACSP, o maior problema dos varejistas é conseguir um nível adequado para dezembro. "Eles fazem o acervo de produtos baseados na expectativa de consumo", explicou Solimeo.

Ainda de acordo com a Associação Comercial de São Paulo, o segmento que deve crescer mais é o de eletroeletrônicos.

O fluxo de pessoas no comércio vem aumento gradativamente, de acordo com Solimeo. "Na Rua 25 de março o movimento já é muito grande devido à procura por enfeites de Natal. Mas o pico de crescimento será a partir do dia 20 de novembro, quando a maioria dos brasileiros recebe o 13º", acrescenta.

Apesar do benefício, o economista chefe da ACSP acredita que como nos últimos anos o consumidor deve utilizar a primeira parcela para pagar contas atrasadas. A segunda parcela será destinada às compras do fim do ano.

Com uma expectativa mais otimista que o varejo, os shoppings centers preveem um crescimento entre 7% e 15% nas vendas de Natal. "Esse crescimento é possível, caso a conta seja feita com a inflação. E eles têm um diferencial sobre as lojas de rua, que é o horário. Nos centros de compras, os lojistas ficam até o último cliente", explica Solimeo.




Veículo: DCI


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