Os próximos anos serão marcados pela elevação de preço das commodities agrícolas, como já vem acontecendo com a soja e o milho, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde) e a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO).
Em relatório conjunto publicado ontem, as instituições internacionais alertam que "os preços nominais devem ter uma tendência ascendente ao longo dos próximos dez anos. Os preços em termos reais (ajustados pela inflação) vão permanecer estáveis ou declinar dos níveis atuais, mas são projetados para ficar, em média, dez a trinta por cento acima dos da década passada".
A análise se baseia na visão de que o crescimento da renda nos países emergentes irá aumentar a demanda global por alimentos e combustíveis e de que, no entanto, os estoques e o aumento da produção agrícola e mineral não acompanharão esse movimento.
À agência de notícias Reuters, uma economista sênior da FAO declarou que "esperamos que os preços continuem voláteis conforme a demanda cresce, mas os níveis de estoque não subirão tanto como no passado".
Soja Brasil
Ainda ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) divulgou suas expectativas para as safras mundiais de 2012 e 2013. O relatório projeta, para a atual temporada de soja no Brasil, um volume de 78 milhões de toneladas - estável ante o que foi previsto no mês passado.
No caso da safra de soja argentina, a produção foi estimada em 55 milhões de toneladas para o atual período - número também estável em relação ao relatório divulgado em junho.
Veículo: DCI