Cosan projeta pouca recuperação da safra sucroalcooleira

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A safra de cana do centro-sul do Brasil em 2015/2016, que começa a ser colhida por volta de abril do ano que vem, deverá ficar praticamente estável ante a temporada que está sendo finalizada após fortes prejuízos causados pela seca.

 

 



A estimativa foi apresentada ontem pelo presidente da Cosan, maior empresa do setor, Marco Lutz. "Para o ano que vem temos uma safra bastante semelhante à deste ano. Eu não vejo grande recuperação", disse Lutz, em conferência com jornalistas.

A estimativa oficial da Unica, entidade que representa as usinas da principal região produtora do país, é de uma safra de 545,9 milhões de toneladas em 2014/2015, menor que a estimada no início da temporada e abaixo da realizada na temporada anterior.

Lutz, que lidera a empresa que mais produz individualmente açúcar e etanol no Brasil, por meio da sua divisão Raízen Energia (joint venture com a Shell), estimou que haverá uma recuperação natural dos canaviais, caso eles recebam precipitações dentro da média histórica durante a temporada de chuvas do Sudeste, nos próximos meses.

"Certamente a chuva de janeiro vai ser muito importante para essa definição. Temos um déficit hídrico acumulado bem grande e em teoria não pode faltar chuva nesse verão de jeito nenhum."

Rotação de culturas


Por outro lado, a recuperação nessas áreas deverá ser compensada pela rotação de culturas em algumas áreas.

"A gente também observa, de maneira geral na indústria, produtores que estão fazendo rodízio de lavoura. Ao final do ciclo de 6 a 7 anos de cana, ao invés de plantar imediatamente cana, eles eventualmente fazem uma safra de soja, ou algo assim", disse ele.

Longos períodos de seca em 2014 levaram a Cosan a reduzir suas projeções para o volume de cana que vai processar nesta temporada.

Em seu relatório de resultados do terceiro trimestre, a companhia disse que sua divisão sucroenergética deverá moer de 57 milhões a 58 milhões de toneladas ante 58 milhões a 60 milhões de toneladas na projeção feita no trimestre anterior. Em 2013, a moagem somou 61,4 milhões de toneladas.

"No nosso histórico, nunca houve uma redução de produção tão grande por seca desde que se começou a medir isso, há cerca de 80 anos. É uma quebra por seca nunca antes vista", disse o executivo, ao comentar os resultados da companhia, divulgados na véspera.



Veículo: DCI


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