Indústria mineira ganha espaço

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Participação cresceu 2,2 pontos percentuais em dez anos e atingiu 11,5% do PIB do setor

 



A participação de Minas Gerais na produção industrial brasileira cresceu 2,2 pontos percentuais em dez anos e atingiu 11,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor no país. A atividade no Estado - terceiro principal polo industrial do Brasil - tem sido impulsionada pelos segmentos de alimentação, metalurgia e extração mineral.

Os dados são do estudo "Perfil da Indústria nos Estados 2014", divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que leva em consideração o PIB industrial entre 2001 e 2011. Com o incremento, o indicador da indústria mineira atingiu R$ 111,3 bilhões, o que corresponde a 28,8% da economia de Minas.

O desempenho registrado pelo Estado foi o segundo melhor do país no período, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que aumentou sua participação no PIB da indústria brasileira em 2,5 pontos percentuais em uma década.

O gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, explica que o Estado se beneficiou com a forte entrada da China no mercado nos últimos anos, uma vez que o país asiático aumentou de forma significativa a demanda por minerais, como o minério de ferro, além de outros produtos primários.

Fonseca lembra que, como os três setores já estavam avançados e bem desenvolvidos em Minas, o grande crescimento da economia chinesa impactou os resultados. Conforme o levantamento, a metalurgia responde por 16% do PIB da indústria de Minas.

Além disso, a extração de minerais metálicos, de acordo com a entidade, foi a atividade que mais ganhou participação na indústria mineira entre 2007 e 2012, passando de 9,3% para 15,9% do PIB industrial.

Outro fator que tem ajudado o Estado é a maior diversificação da atividade industrial. "Minas Gerais não é só metalurgia e mineração", afirma o gerente-executivo.

O segmento com maior participação no PIB industrial mineiro é a indústria de alimentação, que responde por 16,9% do total, e que tem sido impulsionada pelo incremento do consumo interno nos últimos anos. "Houve uma forte formalização do mercado de trabalho", afirma.

De acordo com o estudo da confederação, em 2013, Minas Gerais contava com 66.072 empresas industriais. Deste total, 72,8% são micro empresas e 21,3% de pequeno porte. As médias representam 4,8% e as grandes empresas correspondem a 1,8%. O Estado concentra 12,7% das indústrias do país.

Trabalho -
A indústria mineira emprega 1,3 milhão de pessoas, o que corresponde a 25,7 do emprego com carteira assinada em Minas. Com isso, o Estado responde por 10,9% da força de trabalho da indústria nacional. Mas, apesar de ser o terceiro maior PIB industrial do país, Minas Gerais paga apenas o 12º maior salário médio do Brasil, de R$ 1.812. Este montante é 13,2% menor do que os vencimentos pagos em média no país (R$ 2.087). Do universo de trabalhadores na indústria mineira, 43,3% possuem pelo menos o ensino médio completo, enquanto a média nacional é de 48,7%.

Ainda segundo o documento, a indústria mineira pagou R$ 12,2 bilhões em Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no ano passado. Isto representa 8,2% do PIB industrial do Estado e 12,4% da arrecadação do tributo em todo o país.

Já as pequenas indústrias mineiras pagaram a 9ª maior alíquota efetiva do Simples Nacional no Brasil, com 7% de participação. Este índice é superior à média nacional (6,4%) e à média da região Sudeste (6,3%).

Além disso, o custo da energia elétrica em Minas é 4,4% superior ao verificado no Brasil. As indústrias mineiras pagam em média R$ 326,89 por megawatts/hora, a 9ª maior tarifa do país.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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