Cesta básica da Capital sobe 3,96% em outubro

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Dos 13 produtos pesquisados em Porto Alegre no mês passado, nove ficaram mais caros, segundo o levantamento do Dieese

 




O valor dos produtos que compõem a cesta básica de alimentos teve elevação de 3,96% em outubro em Porto Alegre, totalizando R$ 340,63, conforme levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ou seja, o porto-alegrense precisa desembolsar o equivalente a 51,1% do salário-mínimo para se alimentar. No mês passado, a Capital gaúcha teve a segunda maior elevação dos preços no País, perdendo apenas para Curitiba (4,37%). Ao todo, das 18 cidades pesquisadas pela entidade, 12 apresentaram aumento.

“Dos 13 produtos pesquisados em Porto Alegre, nove subiram de preços. O aumento ocorreu principalmente nos produtos in natura, cuja oferta foi impactada pelas condições climáticas”, destaca a economista do Dieese na Capital Daniela Sandi. A alta foi liderada por tomate (28,35%), banana (4,87%) e carne (1,07%). A analista ressalta que, nesse ano, o aumento de preços na cesta básica dos gaúchos vinha em um ritmo menor do que o constatado em 2013. Isso fez com que Porto Alegre perdesse o posto de capital com a cesta mais cara, caindo para a terceira colocação no ranking. Entre junho e agosto houve retração de valores, mas a tendência de alta foi retomada em setembro.

Nos 10 primeiros meses do ano, os preços subiram 3,48%. Já na variação anual, os preços dos 13 itens analisados pelo Dieese na Capital cresceram 4,85% na comparação com outubro de 2013. A alta foi puxada pela carne, que subiu 14,89%, e pelo tomate, que teve elevação de 18,74%.

O porto-alegrense com rendimento de um salário-mínimo necessitou trabalhar 103h30min em outubro para adquirir os produtos básicos, enquanto em setembro eram necessárias 99h34min. Com base no custo de Florianópolis, que possui a cesta mais cara do País, e levando em consideração a determinação constitucional que diz que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas essenciais, como alimentação, moradia, saúde e educação, o ordenado básico deveria ser de R$ 2.967,07. A quantia equivale 4,1 vezes ao mínimo vigente, de R$ 724,00.

Alimentos in natura puxam alta do IGP-DI


Alimentos in natura, soja e milho ficaram mais caros no atacado em outubro, impulsionando o Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna (IGP-DI). A inflação medida por este indicador subiu 0,59% no mês passado, contra alta de 0,02% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,73%, em outubro, contra queda de 0,18% um mês antes. A inflação acelerou em todos os três estágios de processamento. Nos bens finais (0,03% para 0,55%), o principal responsável foi o subgrupo alimentos in natura, que passou de um recuo de 5,66% para alta de 2,65%.

Nas matérias-primas brutas, o índice saiu de queda de 0,55% em setembro para avanço de 1,23% em outubro. A principal influência foi a soja, que subiu 0,4%, após queda de 5,5%. Também ganharam força na passagem do mês café em grão (-0,27% para 7,99%) e milho (-2,05% para 3,8%).

No sentido contrário, o leite in natura ficou 0,56% mais barato. Os bovinos seguiram em tendência de desaceleração. Em outubro, a alta foi de 2,83%, menos que os 3,99% registrados um mês antes. Nas aves, porém, os preços ainda não perderam força, e a alta passou de 2,53% para 3,51% no mês passado. No grupo de bens intermediários, o aumento de preços foi de 0,5%, após recuo de 0,09% em setembro, puxado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura (-0,34% para 0,67%), segundo a FGV.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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