Preço do tomate recua 65% em 15 dias

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Maior oferta do fruto contribuiu para a queda do valor no Estado, mas produtores ainda não tiveram prejuízos



A produção deste ano deve alcançar 420 mil toneladas, queda de 5% ante 2013/Alisson J. Silva
O período de pico de safra do tomate está provocando queda nos preços, porém, os valores ainda são suficientes para garantir rentabilidade aos produtores. Somente nos últimos 15 dias, a cotação recuou cerca de 65% devido à maior oferta. O clima seco tem contribuído para o desenvolvimento e a qualidade da safra. No Estado, a produção anual deve alcançar 420 mil toneladas, volume 5% inferior que o registrado em 2013. A queda está atrelada à estiagem prolongada registrada entre janeiro e março.

De acordo com o extensionista agropecuário da Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), escritório local de Araguari, no Triângulo Mineiro, Alberto José de Almeida, as condições atuais de produção estão positivas.

A produtividade das lavouras no período foi calculada entre 450 e 500 caixas de 22 quilos a cada mil plantas colhidas, volume que nos meses anteriores variava entre 250 e 350 a cada mil plantas.

"O clima seco e o uso da irrigação têm contribuído para o bom desenvolvimento e para a melhor qualidade do tomate. O período atual é de grande produção. Por isso, houve retraçãp significativa nos preços, que devem ser recuperados ao longo dos próximos meses".

Ainda segundo Almeida, o valor do tomate recuou em torno de 65% entre junho e meados de julho. A caixa de 22 quilos, que era negociada a R$ 100 ao longo de junho, é vendida hoje entre R$ 35 e R$ 40. Apesar da queda, os valores ainda são suficientes para cobrir os custos, que ficam próximos de R$ 25 por caixa de 22 quilos.

"Mesmo com a queda, os produtores continuam lucrando. Quando os valores estavam em torno de R$ 100, a maioria dos agricultores não tinha o tomate para vender".

A colheita de tomates em Araguari, maior produtor estadual, somou entre janeiro e julho cerca de de 90 mil toneladas em uma área de 1,05 mil hectares, volume que se manteve estável ante o registrado em igual período do ano anterior. Até o final de 2014, o espaço dedicado à cultura deve somar 1,5 mil hectares. Almeida preferiu não estimar qual será a produção anual, uma vez que o desempenho será definido pelas condições climáticas.


Centro-Oeste - A queda nos preços também foi registrada pelos produtores de Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste do Estado. De acordo com o extensionista agropecuário da Emater-MG, unidade local, Ivo Torres, a caixa de 22 quilos, que em junho era vendida a R$ 70, está hoje em torno de R$ 30, queda de 57%.

A produção deve encerrar o ano em torno de 24 mil toneladas, cultivadas em uma área de 300 hectares. O fruto tem como principal destino o mercado de Belo Horizonte, que consome cerca de 60% do volume total. O restante é enviado a São Paulo.

"O momento é muito positivo para o desenvolvimento do tomate. Com o clima seco, as pragas e doenças estão mais controladas, o que contribui para a redução dos custos, garantindo boa rentabilidade aos agricultores, mesmo com a queda nos preços", avalia Torres.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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