Calor recorde esquenta as vendas do comércio em SP em janeiro

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Impulso vem de liquidações, roupas de verão, ventiladores e ar-condicionado

Governo indica que poderá voltar a usar recursos do Tesouro para cobrir custo com uso de usinas térmicas
DE SÃO PAULOO verão tem ajudado a impulsionar as vendas no comércio paulistano, de acordo com balanço de vendas da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

As vendas à vista e a prazo cresceram em janeiro 3% e 2,5%, respectivamente, ante o mesmo período de 2013.O resultado foi puxado pelas liquidações, pelas vendas de roupas de verão, de ventiladores e de aparelhos de ar-condicionado, segundo a entidade. O crescimento das vendas a crédito também se deve à oferta maior de financiamento nos bancos públicos.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou o mês de janeiro mais quente desde que começou a fazer o monitoramento, em 1943. A média máxima das temperaturas foi de 31,9?C.Para Rogério Amato, presidente da associação, os dados são animadores. Para o ano, segundo ele, a perspectiva é instável, devido ao cenário internacional turbulento e aos grandes eventos.

Em dezembro, o mesmo índice registrou alta de 0,9% e 2,4% nas vendas à vista e a prazo, respectivamente, ante o mesmo período de 2012.

ENERGIA

Se, por um lado, o calor impulsiona o comércio, por outro ajuda a pressionar os custos da energia.O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) indicou ontem que o governo pode ter de usar, novamente, a estratégia de usar recursos do Tesouro no setor elétrico para cobrir os altos gastos com uso das usinas térmicas.

Apesar do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, ele ressaltou que não há risco de desabastecimento.Oos reservatórios no Sudeste enfrentam a pior situação desde 1953.

Com a gravidade da situação e a necessidade de manter elevado o uso de térmicas por um longo período, o governo estuda aplicar a mesma solução dada para o problema no ano passado.Ou seja, poderá assumir o pagamento dessa energia mais cara --gerada, por exemplo, com a queima de carvão e óleo combustível-- e depois repassar os gastos para as distribuidoras de energia, de forma parcelada.

Essas empresas, responsáveis pelo atendimento direto ao consumidor, ficam então autorizadas a incluir a despesa gradualmente nas tarifas, ao longo de cinco anos.

"O fato é que a repercussão não será imediata [para o consumidor] e, se houver, será mínima", disse Lobão.Para Érico Evaristo, presidente da Bolt Comercializadora --terceira maior empresa independente do setor--, o aumento médio nas tarifas resultante do gasto com as térmicas deve chegar a 4% a partir do ano que vem.



Veículo: Folha de S. Paulo


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